Além das 4 linhas – SPFC

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Assisti ao jogo entre Santos e Ponte Preta pelas quartas de finais do paulista. O jogo, disputado no estádio do Pacaembú, mostrou que o oba-oba da imprensa sobre o time do Santos era, mais uma vez, manchete para chamar atenção dos leitores.

Os dois times mostraram um futebol fraco e feio. O time praiano apresentou um jogo burocrático, com poucas jogadas bonitas e que demonstrariam a categoria de alguns jogadores como Renato, Lucas Lima e Ricardo Oliveira, além dos dois bons laterais. Como ainda não havia visto o Santos jogar, acreditei na voz da imprensa. Ledo engano. A dificuldade que teve  para se classificar para a segunda fase ficou clara: O Santos não tem um bom futebol para mostrar.

Pode ser o ambiente interno? Pode. Pode ser o treinador? Pode. Pode ser a diretoria? Pode.

Mas o importante é que vejo o SPFC, cada vez mais em 2017, jogando um futebol diferente da maioria dos outros times. Como dizem alguns bons jornalistas: É gostoso ver o SPFC jogar. O nosso treinador realmente tem uma concepção interessante de futebol. A impressão é que alguns times jogam um futebol antigo e ultrapassado. Obter boas conquistas será questão de tempo em minha opinião. Mas importante ressaltar a boa administração. Finalmente não estamos mais vendo crises a toda hora como víamos em tempos recentes e também estamos vendo boas contratações.

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Eu não sou expert no assunto, apenas gosto de futebol bem jogado, e se o clube for montando um elenco forte dentro desta concepção de jogo que tem o Rogério logo estaremos colhendo bons frutos.  O time do M1TO mostra um jogo muito interessante e bonito. É fácil perceber que já houve evolução. Como o tempo é o senhor da razão, esperemos para ver. Mas a pinta é que o futuro promete.

Quero dar meus parabéns ao zagueiro Lucão pelos jogos que tem feito. Ainda é um novo começo, mas o cara demonstra personalidade e muita vontade de trabalhar e recuperar o futebol que sempre o levou às seleções de base do Brasil. Com certeza tem o dedo do Rogério nisso tudo. Muricy costumava dizer que nunca desistia de um jogador. Acredito que o Rogério trouxe este ensinamento na bagagem.  Maicon que se cuide, agora tem concorrente.

Outra boa constatação é a diferença que um bom primeiro volante faz a um time. Jucilei entrou e mudou o meio de campo e a defesa. Fazia muito tempo que o SPFC não tinha um bom primeiro volante. Alguns amigos, acho que por não conhecer, torceram o nariz para a contratação de Jucilei. Lembro disso e lembro de perguntar a Corinthianos que conhecem futebol e os caras falavam: Queria ele no meu time de novo. Foi só uma questão do cara  voltar a ter forma física para entrar e conquistar a posição e mudar o time. A defesa fica bem mais protegida.

A fase é a do início de um trabalho. O elenco foi recém reestruturado. O treinador ainda é um novato. Ainda faltam peças neste elenco para dizermos que somos favoritos à alguma conquista, mas o futebol é uma caixinha de surpresa.

Salve o tricolor paulista, o clube da Fé.

Carlito Sampaio Góes

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Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.