Memórias Tricolor #31 – Catê, uma promessa

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Uma jovem promessa, um menino ainda criança que ao dominar a bola e dar um drible em um colega de jogo todos gritavam: “Que Categoria”…

Resultado de imagem para Catê spfcNascido na cidade de Cruz Alta no Rio Grande do Sul em 7 de novembro de 1973, Marco Antônio Lemos Tozzi, como toda criança sempre gostou de jogar futebol com seus amigos e ainda criança ganhou o apelido de Catê, devido a grande categoria de seus dribles certeiros. Logo foi jogar no clube de sua cidade, o Guarany e se profissionalizou em 1989, era tido como uma das grandes promessas do futebol brasileiro. Os olheiros do São Paulo não perderam tempo e no final de 1991 o Clube pagou 30 mil dólares, uma grande quantia para a época.

Sua estreia ocorreu em 1992 quando o técnico Telê Santana escalou equipe mista contra o Criciúma pela estreia da Copa Libertadores. Três meses depois jogou contra o Flamengo em partida pelo campeonato brasileiro, entre os jogos finais da Libertadores. Entre os anos de 92 e 93 era considerado um dos “reservas de luxo” das imbatíveis equipes de Telê Santana e participou das campanhas vitoriosas do Campeonato Paulista de 1992, Libertadores da América 1992 e 1993, Mundial de 1992, Supercopa Libertadores de 1993, Copa Conmebol 1994 e Copa dos Campeões Mundiais de 1995. Também em 1993 Telê o cedeu à equipe sub-20 que venceu a Copa São Paulo de Futebol Junior, jogou ao lado de Jameli e Rogério Ceni.

Resultado de imagem para Catê spfcEm 1993, não foi relacionado para a disputa do Mundial no Japão, o Mestre Telê Santana e a diretoria entendiam que Catê precisava ir para outros times amadurecer e então em 1994 foi para o Cruzeiro, onde foi Campeão Mineiro em 1994. Retornou ao São Paulo no 2º semestre para viver no Tricolor seus melhores momentos da carreira quando fez parte do elenco batizado de “Expressinho” que jogou a Copa Conmebol e algumas partidas em que a equipe principal precisava descansar. Essa equipe era dirigida por Muricy Ramalho então fiel escudeiro do Mestre Telê. Nesta equipe Catê era goleador, tendo marcado 3 dos 6 Gols Tricolor na partida contra o Peñarol (Uruguai) com vitória por 6 x 1.

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Em 1996 foi para o Universidad Católica do Chile, retornando ao São Paulo no ano seguinte. Em 1998 se despediu definitivamente do Tricolor para ir ao Sampdoria da Itália onde jogou em 98 e 99. Retornou para o Flamengo onde jogou durante o ano de 2000 e iniciou uma grande peregrinação por equipes nos Estados Unidos, Venezuela, Chile indo parar em 2005 no Remo (Pará) voltou ao Rio Grande do Sul e jogou pelo Esportivo de Bento Gonçalves e em 2008 encerrou sua carreira no Brusque de Santa Catarina.

Ao encerrar a carreira de jogador, foi se tornar treinador, mas sem muito sucesso, e em 2011 treinava times de várzea do Rio Grande do Sul, quando na manhã de 27 de dezembro trafegava pela Rodovia Sinval Guazzelli quando no KM 131, altura da cidade de Ipê (RS) seu carro, um Fiat Uno bateu de frente com um caminhão Scania, chovia neste dia e as condições da rodovia não eram das mais ideais, morreu no local.

Baixinho, habilidoso, driblador, infernizava os adversários pela ponta-direita, não foi um jogador de grande sucesso, mas participou de equipes vitoriosas. Valeu Catê!

A imagem pode conter: 5 pessoas, pessoas sorrindoGustavo Flemming, 40 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing.

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