Além das 4 linhas – Mena e reforços

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O Cruzeiro pede E$ 1 milhão em quatro parcelas para vender Mena ao SPFC. O jogador de 28 anos e sempre convocado para a boa seleção Chilena tem feito bom trabalho no tricolor e faz parte dos jogadores que ajudaram a arrumar a nossa na campanha de 2016, junto de Buffarini e Maicon. Rodrigo já estava no elenco. Como o Flamengo quer comprar o também lateral esquerdo Reinaldo, a compra de Mena pode acontecer. Tomara!

Hoje, depois de algum tempo, já não penso em reforços para a defesa e para volantes, penso em meias e atacantes, nosso grande problema no ano todo, basta lembrar que quando perdemos Kelvin e Ganso para a semifinal da Libertadores o time desandou.

Deste modo, não adianta ter contratado o Welington Nem e o Cueva se eles não tiverem reservas de bom nível. Um bom time precisa de um bom elenco. Em minha modesta opinião, é imprescindível utilizar os talentos da base, mas um jogador reserva com experiência para cada setor é fundamental. Eu gosto muito do time titular do SPFC, mas se num jogo o Cueva e o Wellington Nem não puderem atuar, quem joga? E se este jogo for final de campeonato? Lucas Fernandes e David Neres são bons reservas destes dois jogadores, mas eu prefiro um experiente para iniciar o jogo e depois, já no meio do segundo tempo, colocar os moleques para infernizar a defesa adversária. Precisamos contar também com contusões e suspensões.

Nem todo moleque entra em campo contra bom adversário e em jogo de responsabilidade e consegue desenvolver seu melhor futebol por várias razões, inclusive a falta de experiência, quando a responsabilidade pesa. Mas também pode não render por questões físicas, pois ainda estão em desenvolvimento. Por estas e outras razões acho que os moleques devem estar no grupo, mas não como opção principal.

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Assim, opções para a meia, para o atacante que joga pelos lados, para o centro-avante, para a zaga e laterais são necessários, ou seja, pelo menos seis bons reservas com experiência, alguns reservas com experiência e não tão bons e a molecada toda boa de bola podem compor um elenco com condições de brigar por títulos.

Mas a cereja do bolo, aquilo que pode e faz a diferença é o treinador, basta ver, apenas para citar o exemplo mais recente: O Tite na seleção quando comparado a Dunga, que havia feito bom trabalho na própria seleção na copa da África. Treinador é fundamental não apenas pelo que entende de futebol, mas pela capacidade de motivar os jogadores a lutarem pelo mesmo objetivo, que é a vitória do grupo e não a individual.

Dito isso, minha expectativa com o início da carreira do RC como treinador é enorme, vou acompanhar com enorme entusiasmo e observação. Mas pode dar certo e pode não dar, isso precisa ficar claro. Também precisa ficar claro a necessidade de tempo para RC desenvolver o trabalho. Treinador é tarefa complicada, tão complicada que no Brasil de hoje temos apenas dois que sabem tudo do riscado e ninguém contesta: Tite e Cuca.

Salve o tricolor paulista, o clube da Fé.

Carlito Sampaio Góes

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Carlito é advogado, trabalha como representante comercial, frequenta o Morumbi desde 1977 e prefere o time que vence ao time que joga bonito. Escreve nesse espaço todas as quintas-feiras.

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.