Opinião Tricolor – Mito: sem governança, vai sofrer

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Salve nação tricolor,

No astral positivo oriundo da Florida Cup, o São Paulo volta e se prepara para a temporada.

Os pontos positivos do time, a partir do comando de Ceni e de sua comissão técnica estrangeira e mesclada com a raça e abnegação de Pintado, começam pela personalidade demonstrada por Sidão no começo do trabalho, pela técnica apurada e crescimento de liderança de Rodrigo Caio (sempre pretendido lá fora), por Maicon, Breno, Douglas, Lyanco e liderança externa de Lugano, finalmente, uma solidez maior de zaga; Buffarini e Bruno fazendo as laterais, Thiago Mendes a volância, Cueva a criação e Wellington Nem a referência de ataque. Neilton, Cícero, os jovens Neres, Araújo (pode ainda sair) Shaylon e Lucas Fernandes, bons complementos. Falta um volante de pegada e um centroavante.

Porém, o são-paulino precisa exigir a implantação de medidas do novo estatuto, bem como, o caminho para a governança.

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Não é possível aceitar que um clube apresente um orçamento de temporada, estimado em $ 8 milhões negativos, que se transformariam em 68, caso o SPFC não venda 60 milhões em atletas.

A governança, que é a participação, direta e indireta, de todos setores do clube, sócios, conselheiros, STs e principalmente, conselhos de administração e fiscal, órgãos de fiscalização que tem por obrigação a independência, deve ser implementada de forma gradual, definitiva e contundente.

Menos política, mais gestão!

O modelo perpetuado do São Paulo, com a eterna dança das cadeiras entre os mesmos no poder, fez o clube despencar em crescimento nos últimos anos. Não falamos apenas dos escândalos da era Aidar, mas da extensão do terceiro mandato do finado JJ, até Leco. No começo da década, o Tricolor paulista era o clube que, somado patrimônio mais receita, era o que mais valia no país. Atualmente,  viu seus rivais da capital paulista, o rubro-negro carioca e até os clubes mineiros, ultrapassarem o crescimento tricolor.

Lamentável e inaceitável!

Redução e profissionalização de diretorias, fim das VPs, marketing sendo mais marketing e não apenas comercial, comunicação mais parceira da torcida e rentável em áreas de interação, valorização da marca, brand São Paulo, brand estádio do Morumbi, patrimônio além do clube, é da cidade e do país.

E o que estamos fazendo? Vislumbrando eleição em abril. Até lá, nenhuma dessas medidas será cobrada, muito menos, efetivada, até os votos computados nas urnas tricolores. Um terço do ano perdido. Mais uma temporada de correr atrás dos rivais, que implantaram diversas ferramentas de gestão, incluindo tecnologia, sistema, que o São Paulo ainda não possui.

Paramos no tempo!

Sem estes elementos em conjunto, nem todo fator diferenciado de Rogério Ceni poderá fazer a diferença. O Mito poderá sofrer e sabemos que não merece isso.

Um time competitivo começa com uma gestão competitiva.

Algo que o São Paulo, ainda está longe de ter…

Saudações Tricolores!

Carlos PortCarlos Port, idealizador do projeto Opinião Tricolor. Dois bacharelados na profissão de administrador, especialização em comunicação, neto e filho de são-paulinos, paulistano, patriota. No Twitter: @carlosport

ATENÇÃO: O conteúdo dessa coluna é de total responsabilidade de seu autor, sendo que as opiniões expressadas não representam necessariamente a posição da SPNet ou de sua equipe de colaboradores.