Ceni diz que evita pensar no fim da carreira: “Parar é muito doloroso”

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Goleiro tricolor diz que gostaria de “rejuvenescer” e prevê dias tristes na proximidade da aposentadoria, prevista para dezembro: “Está chegando o momento final”

O goleiro Rogério Ceni está com a aposentadoria marcada para o final deste ano, mas tem evitado pensar no assunto para minimizar o sofrimento. Quem revelou a estratégia foi o próprio jogador, em entrevista ao “Seleção SporTV” (assista ao vídeo acima). Aos 42 anos, 25 deles dedicados ao São Paulo, o ídolo tricolor admite que prevê muita tristeza para a hora da despedida e prometeu se dedicar para estar em campo em todos os jogos até o adeus, previsto para o dia 6 de dezembro, na última rodada do Campeonato Brasileiro.

– Tem que tentar aproveitar o máximo e não pensar muito porque é muito triste sempre. Parar é muito doloroso, essa decisão, essa situação. Estou tentando viver jogo após jogo, dia após dia, tentar fazer meu melhor nos treinamentos, suportar as dores, fazer tratamento, fisioterapia, para me colocar em condição de jogo no máximo de jogos possíveis até 6 de dezembro, e parar para pensar um pouco mais nisso, e deixar para ficar triste só pela última semana mesmo – disse.

Rogério Ceni. goleiro do São Paulo (Foto: Reprodução/SporTV)
Rogério Ceni. goleiro do São Paulo (Foto: Reprodução/SporTV)

Questionado sobre a possibilidade de remarcar a aposentadoria e prorrogar a carreira, Ceni descartou a ideia. Titular do São Paulo por 19 anos, ele exaltou os feitos com a camisa Tricolor, mas confirmou que chegou a hora de parar.

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–  Infelizmente não (existe a possibilidade de adiar). Gostaria de rejuvenescer, isso eu gostaria, mas a única coisa que a gente não tem como comprar na vida é o tempo. Acho que tempo a gente gasta, não compra. Está chegando o momento do final da minha trajetória, que tenho muito orgulho: mais de 25 anos defendendo uma camisa como a do São Paulo, um dos maiores clubes do mundo, tricampeão mundial, um orgulho para mim. São 19 anos como titular, seguidamente, não é fácil se manter 19 anos no ar consecutivamente – destacou.

Ceni terá no máximo mais 13 jogos até o término da carreira, incluindo as nove rodadas do Brasileirão e uma possível final da Copa do Brasil (o Tricolor enfrentará o Santos na semifinal). O goleiro revelou ainda que gostaria que o técnico Juan Carlos Osorio permanecesse no clube até sua despedida, mas disse que entende o “dilema” do treinador e a possível ida para a seleção mexicana.

– Gostaríamos que ele permanecesse no mínimo até dezembro para concluir o trabalho que ele iniciou há quatro meses. É um convite muito especial, muito bacana, compreensível até a dúvida de se aceitar ou não. Aliás, pelo que entendi, é um convite praticamente aceito, só o tempo de ir ou ficar mais um pouco aqui, mas a gente tem que agradecer por tudo que ele propiciou – disse, destacando especialmente o método de treinamento do colombiano.

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