Turbulências atrapalham ambição tricolor em reta final de temporada

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

Hudson reconheceu que a instabilidade política atrapalhou o alcance dos objetivos do Tricolor (Foto: Fernando Dantas/ Gazeta Press)
Hudson reconheceu que a instabilidade política atrapalhou o alcance dos objetivos do Tricolor (Foto: Fernando Dantas/ Gazeta Press)

A temporada 2015 foi frustrante para muitos tricolores, que, em vez de títulos, acostumaram-se às turbulências de ordem política e de dentro de campo que o São Paulo enfrentou durante o ano. Venda de jogadores, troca de treinadores, agressão física entre dirigentes, renúncia e troca de mandatário complicaram a já dura missão de conquistar uma vaga na Copa Libertadores da América de 2016, o que seria um prêmio em meio a tantas dificuldades.

A primeira mudança no comando técnico aconteceu no início de abril, quando Muricy Ramalho, em comum acordo com a diretoria são-paulina, teve sua segunda passagem pelo Tricolor encerrada durante uma campanha apenas mediana no Campeonato Paulista. Aí Milton Cruz assumiu interinamente enquanto o clube do Morumbi acertava com Juan Carlos Osorio.

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Contratado em junho, o colombiano viu importantes peças de seu esquema serem negociadas, como Denilson, Paulo Miranda, Rafael Toloi, Dória, Souza e Jonathan Cafu e Boschilia. Irritado com a diretoria que, segundo ele, havia prometido montar um elenco forte, o treinador trocou o time brasileiro pela seleção mexicana.

Imediatamente após a saída de Osorio, em outubro, Carlos Miguel Aidar, em seu último ato como presidente, contratou Doriva da Ponte Preta, que seria demitido após sete jogos, com um retrospecto de quatro derrotas, duas vitórias e um empate. Nesse meio tempo, uma briga entre Aidar e o vice de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, culminou com a renúncia do ex-mandatário, sucedido por Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, no trono são-paulino oficialmente desde o dia 27 de outubro.

“Somos profissionais e a gente tenta não misturar as coisas. Mas todo mundo é ser humano. Aconteceram muitas coisas dentro e fora de campo que atrapalharam, como troca de treinadores. Tem sido um ano de superação e esperamos terminar o ano bem”, reconheceu o volante Hudson, na esperança de uma classificação à Libertadores do ano que vem.

O São Paulo é o quinto colocado, com 53 pontos, apenas um a menos que o Santos, primeiro time dentro do G4, zona de classificação ao principal torneio continental. O próximo desafio tricolor é o Atlético-MG, em jogo marcado para a próxima quinta-feira, no Morumbi, pela 35ª rodada da Série A.

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