Ponto fraco do São Paulo, bola aérea é virtude de rival na Sul-Americana

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O meia corintiano Rodriguinho, de 1,77m, marca de cabeça na vitória sobre o São Paulo, pela semifinal do Paulistão (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press) 

Após a derrota para o Atlético-PR, os jogadores do São Paulo se cobraram no sentido de corrigir os erros que a equipe vem cometendo na temporada. Talvez o principal deles esteja ocorrendo enquanto a bola passa sobre a cabeça dos defensores são-paulinos. O problema é que tal vulnerabilidade pode ser explorada por seu rival na primeira fase da Copa Sul-Americana, o Rosario Central-ARG, cuja principal virtude é justamente a jogada pelo alto.

Neste ano, o São Paulo já levou sete gols que se originaram a partir de bolas levantadas em sua área – quase metade dos 15 tentos sofridos em 2018. Curiosamente, o time sempre acabou derrotado nas partidas em que viu o adversário levar a melhor por cima.

A fragilidade da equipe tricolor em bolas aéreas ficou escancarada na derrota por 1 a 0 para o Corinthians, em Itaquera, pelo jogo de volta das semifinais do Campeonato Paulista. Na ocasião, o meia Rodriguinho, de apenas 1,77m, subiu sozinho após cobrança de escanteio para testar e levar a decisão para os pênaltis, que decretaram a eliminação do São Paulo.

A última falha aconteceu no segundo gol do Atlético-PR, na última quarta-feira, na Arena da Baixada. Após cobrança de escanteio pela direita, Rodrigo Caio e Militão saltaram no vazio, Reinaldo errou ao tentar afastá-la e deu de presente ao zagueiro Paulo André, que marcou de calcanhar na pequena área.

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A tendência é que, ciente disso, o técnico do Rosario Central, Leonardo Fernández, dê ainda mais ênfase para esse tipo de jogada pensando no primeiro encontro com o São Paulo, na próxima quinta (12), às 21h30 (de Brasília), no Estádio Gigante de Arroyito.

Os atacantes Maziero e Zampedri são duas das principais armas do time argentino pelo alto (Foto: Rosario Central/Site Oficial)

O Rosario faz fraca campanha no Campeonato Argentino, ocupando o modesto 16º lugar entre 28 equipes, com 22 pontos a menos que o líder Boca Juniors (50). Em compensação, está em primeiro lugar no quesito gols de cabeça – são 11 no total, o que representa 9% de tentos desse tipo na competição.

O atacante Fernando Zampedri é a principal referência do time argentino na bola aérea, com três gols de cabeça, um a mais que Germán Herrera, ex-Corinthians, e Alfonso Parot, lateral esquerdo da equipe. Os defensores Fernando Tobio, ex-Palmeiras, e Mauricio Martínez, e os centroavantes Agustín Maziero e Marco Ruben também já deixaram sua marca.

Até o primeiro confronto com o Rosario, o técnico Diego Aguirre terá realizado cinco treinos para corrigir tal deficiência. O São Paulo viajará para a Argentina na terça-feira e encerrará a sua preparação na casa do rival. O duelo de volta será disputado somente em 9 de maio, no Morumbi.

Veja as partidas em que o São Paulo sofreu gols em bolas aéreas em 2018:

São Bento 2 x 0 São Paulo – autor do gol: Anderson Cavalo
Corinthians 2 x 1 São Paulo – autor do gol: Balbuena
Ituano 2 x 1 São Paulo – autor do gol: Alison
Palmeiras 2 x 0 São Paulo – autor do gol: Antônio Carlos
São Caetano 1 x 0 São Paulo – autor do gol: Chiquinho
Corinthians 1 x 0 São Paulo – autor do gol: Rodriguinho
Atlético-PR 2 x 1 São Paulo – autor do gol: Paulo André