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Demétrio Vecchioli
Campeão sul-americano em 2019, o Botafogo decidiu não dar continuidade ao seu time profissional de basquete, que disputou as últimas três edições do NBB. A informação foi passada nesta semana ao elenco e o técnico Leo Figueiró já se despediu do clube. Há um ano, o Botafogo também acabou com seu time de vôlei masculino, que disputaria a Superliga. Os dois projetos haviam começado juntos, em 2015. “Difícil demais escrever em mais uma despedida! Você, Glorioso, que tem contigo uma parcela tão grande da minha história como jogador e agora como técnico. Obrigado por tudo que pude viver nessas duas temporadas, acho que mais uma vez o basquete escreveu uma linda história”, postou no Twiter.
Campeão da Liga Ouro (de acesso) em 2017, o Botafogo cresceu com Figueiró na temporada 2018/2019, quando eliminou o favorito Pinheiros e chegou à semifinal, perdendo para o Flamengo. Pelo resultado, conquistou vaga na Liga Sul-Americana da temporada 2019/2020, torneio que venceu após bater o Corinthians na final. O título deu ao Botafogo uma vaga na Champions League América da próxima temporada, espécie de Libertadores do basquete, mas com o fim do time o São Paulo, que estava em terceiro no NBB quando o campeonato foi paralisado pela pandemaia, deve ficar com a vaga, se juntando a Flamengo e Sesi/Franca.
O fim da equipe de basquete do Botafogo já era especulado desde a temporada passada. O time era bancado pelo patrocínio que a TIM dá aos quatro grandes clubes do Rio pela lei estadual de incentivo ao esporte. O Flamengo usa esse dinheiro no seu time de basquete masculino e, o Fluminense, no de vôlei feminino. O Vasco também usava no basquete, mas, por pressão interna, colocou a verba no futebol de base, também considerado esporte amador.
A ideia teria caído no gosto dos cardeais alvinegros, que tentam salvar o clube e priorizam o futebol. Nas últimas semanas, o vice-presidente de e o diretor de esportes olímpicos foram desligados, o que fez o lobby pela modalidade no clube alvinegro perder sua última força.
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