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Danilo Lavieri
Fernando Diniz tem tentado deixar de lado o máximo possível a pressão que sofre no Morumbi para fazer o São Paulo funcionar. O treinador sabe que as apresentações não têm sido agradáveis, mas evita se envolver nas críticas para que isso não mude o seu jeito de trabalhar. Quem acompanha o dia a dia do técnico no Morumbi relata que ele mantém a sua rotina de assistir duas ou três vezes cada partida de sua própria equipe para apontar erros e acertos e destaca a sua característica analítica.
Ele não desiste da ideia de ter um time que consiga trocar bem a bola, com bastante posse, mas tem encontrado dificuldades na hora de tirar a ideia do papel para a realidade. A pressão chegou ao seu auge após a queda para o Mirassol e pedidos por suas demissões são constantes. Não seria novidade que ele fosse demitido, seguindo uma linha sucessória de demissões que marcaram a era Leco à frente da equipe do Morumbi. Como a única equipe da Série A que não contratou em 2020, mas ainda com uma das folhas salariais mais caras do país, Diniz tem usado algumas alternativas que tem na base para não manter atletas que não rendem o que é esperado.
Para piorar, precisou repensar o seu ataque com a saída de Antony. A venda, aliás, foi essencial para que o São Paulo conseguisse respirar financeiramente. Ainda longe de estar saudável, o time do Morumbi chegou a dever salários e sofre – como todos os outros times – os impactos da pandemia. Além de arrumar taticamente, o treinador precisa “apagar incêndios” que também são provocados pela diretoria.
Ontem, na vitória contra o Fortaleza que marcou o retorno do time após o vexame no Estadual, Diniz teve mais uma tentativa de fazer o time mudar. A ideia foi deixar Alexandre Pato no banco. O resultado veio, mas o desempenho ainda ficou abaixo do esperado. O fato é que os três pontos dão uma sobrevida para o treinador manter a tentativa de mostrar que merece continuar no cargo.
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