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José Eduardo Martins
Poucos dias antes de completar um ano de São Paulo, Fernando Diniz tem um retrospecto mediano. No total, foram 19 vitórias, 11 empates e 12 derrotas (53,96% de aproveitamento). No entanto, chama a atenção a oscilação de rendimento do time em momentos decisivos. Na partida contra a LDU, ontem (22), por exemplo, o time falhou em todos os setores, perdeu por 4 a 2 e viu sua situação ficar complicada na Copa Libertadores.
Ou seja, dois meses após a vexatória queda no Paulistão para o Mirassol, o time está muito próximo de mais uma eliminação. Ainda assim, o treinador acredita ter um saldo positivo em seu trabalho no Morumbi. No dia a dia, o comandante destaca a implantação de uma filosofia de jogo e o lançamento de jovens como destaques de sua gestão.
“Influencia [ter muitos jovens em um torneio como a Libertadores], se analisar nesse jogo, de maneira positiva. O time no segundo tempo [contra a LDU] ganhou de 2 a 1. Não é porque são jovens que não têm condições de jogar Libertadores. Temos um elenco muito bom. Temos a ausência de Daniel Alves e Luciano, mas os jovens entraram e são bons jogadores. Muitas vezes falaram dos jovens que entraram quando nos classificamos para a Libertadores. O saldo é muito mais positivo do que negativo desde que cheguei. Assim, eles vão ganhando maturidade e casca”, disse Diniz quando perguntado sobre os jovens do time.
Durante a sua carreira como técnico, Fernando Diniz passou a ser muito questionado justamente por não apresentar resultados convincentes. O treinador, que levou o Audax ao vice-campeonato estadual de 2016, sucumbiu quando teve oportunidades em grandes clubes. Tanto no Athletico-PR quanto no Fluminense, as críticas eram de que a sua equipe apresentava um bom futebol, mas não conquistava vitórias.
No Tricolor paulista, ele até melhorou o seu desempenho, com um aproveitamento superior ao dos antecessores em clássicos, por exemplo. Mas em partidas consideradas decisivas, como contra o Mirassol, no Estadual, e River Plate e LDU, na Libertadores, o Tricolor não venceu. No Paulistão, o time perdeu por 3 a 2, em pleno Morumbi. Já no torneio continental, empatou por 2 a 2 com os argentinos, que não atuavam há seis meses, e perdeu para os equatorianos por 4 a 2.
Agora, para complicar ainda mais a vida do São Paulo, Diniz tem mais duas partidas consideradas decisivas pela frente. No sábado, enfrenta o Internacional, em Porto Alegre. Os dois times brigam pelas primeiras colocações do Brasileirão. Já na sequência, no dia 30, enfrenta o River Plate, na Argentina, pela Libertadores. Para continuar no torneio internacional, o time precisa vencer e torcer por uma combinação de resultados.
Vale destacar que apesar da pressão e das críticas da torcida, Diniz segue respaldado no cargo. A diretoria de futebol avalia de forma positiva o trabalho do treinador. O presidente do clube, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, segue internado para tratamento da Covid-19.
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