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José Eduardo Martins
Muito mais do que os três pontos estarão em jogo hoje (30), a partir das 21h30, quando o São Paulo entrar em campo para enfrentar o River Plate, em Avellaneda, na Grande Buenos, na Argentina. Caso o Tricolor paulista seja derrotado, o time vai estar matematicamente eliminado da Copa Libertadores. Tal fracasso seria mais uma mancha para a história recente do clube.
Desde 1987, o time do Morumbi não cai na fase de grupos da competição continental. No total, o São Paulo só deixou a Libertadores na fase de grupos em outros dois anos (1978 e 1982). Também nesse passado recente, outra marca negativa foi a queda na Pré-Libertadores, quando o time foi sucumbiu diante do Talleres, na última temporada.
A lista de vexames recentes do São Paulo tem ainda a eliminação no Paulistão para o Mirassol, neste ano. Mas se voltarmos um pouco mais no tempo, ainda no início da gestão de Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, em 2015, o time também tem fiascos em seu currículo. No Brasileirão de 2015, a equipe perdeu por 6 a 1 do arquirrival Corinthians, que entrou em campo com apenas três titulares. Na temporada seguinte, pelas quartas de final do Paulistão, o time foi goleado pelo Audax, então comandado por Fernando Diniz, por 4 a 1. Na mesma temporada, no mata-mata das oitavas de final da Copa do Brasil, a equipe caiu diante do Juventude, que na época disputava a Série C do Nacional.
Em 2017, quando era treinado por Rogério Ceni, o time foi eliminado na primeira etapa da Copa Sul-Americana pelo modesto Defensa y Justicia-ARG, no Morumbi. Novamente contra um clube sem tanta tradição da Argentina, pela Copa Sul-Americana, o São Paulo deu vexame. Na segunda fase do torneio de 2018, a equipe acabou sendo eliminada pelo Colón. Desta vez, o desafio é classificado como gigante também pela grandeza do adversário. O próprio São Paulo sempre fez questão de destacar o potencial do River Plate, que na visão dos tricolores brasileiros tem o time mais forte do continente.
Mesmo depois de ficar seis meses sem atuar, o River conseguiu empatar com o São Pauçlo fora de casa e aplicar uma goleada no Binacional (6 a 0). Nos últimos anos, o time manteve a base, conquistou títulos — foi campeão da Libertadores de 2018 e terminou 2019 como vice continental, sendo superado pelo Flamengo. Por isso, para muitos, encarar o River fora de casa pode ser visto como a missão mais ingrata do torneio. E, em nenhum desses últimos anos, o Tricolor teve uma tarefa que fosse considerada tão difícil.
“É um time que temos de ponderar que foi semifinalista em 2017, campeão em 2018, e em 2019 foi vice jogando melhor do que o Flamengo, tem o mesmo treinador há seis anos, a mesma base e só enriquecendo o elenco nos últimos três anos. Não é algo para desconsiderar”, avaliou Fernando Diniz.
“É uma equipe histórica que tem muito tempo jogando junto e que trata a bola com muito carinho. Então, vai ser um jogão. Vai ser um jogão porque são duas equipes que gostam de jogar, que propõe o jogo. E isso faz com que o espetáculo fique bom, interessante, mas sabendo que na nossa mente só passa um resultado. E para isso que a gente veio aqui. Sabendo que temos de fazer um jogo perfeito para poder conseguir”, completou Daniel Alves.
O São Paulo chega para essa partida com apenas quatro pontos conquistados. A equipe brasileira foi derrotada pelo Binacional, do Peru, logo em sua estreia na competição. Para muitos, esse tropeço pode definir a trajetória do time na competição. Por outro lado, se serve de motivação para os brasileiros, a equipe jamais perdeu para o River em Libertadores. No total, são três vitórias do São Paulo e dois empates, até o momento.
FICHA TÉCNICA: RIVER PLATE x SÃO PAULO Data: 30 de setembro de 2020, quarta-feira Horário: 21h30 (de Brasília) Local: Estádio Libertadores da América, em Avellaneda, na Grande Buenos, na Argentina Competição: Copa Libertadores, quinta rodada da fase de Grupos Árbitro: Cristian Garay (CHI) Assistentes: Christian Schiemann (CHI) e Claudio Rios (CHI).
RIVER PLATE: Armani, Montiel, Martínez Quarta, Pinola e Casco; Nacho Fernández, Enzo Pérez e De la Cruz; Álverez, Suárez e Borré. Técnico: Marcelo Gallardo. SÃO PAULO: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Léo Pelé e Reinaldo; Tchê Tchê, Daniel Alves, Gabriel Sara, Igor Gomes; Pablo e Paulinho Boia (Brenner ou Vítor Bueno). Técnico: Fernando Diniz.
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