Fundo que levaria R$ 200 mi ao SPFC rende cobrança de dívida sem nascer

158

UOL

Perrone

Enquanto presidia o São Paulo, Carlos Miguel Aidar tinha como um de seus principais projetos a criação de um fundo de investimento que captaria até R$ 200 milhões. Porém, sufocado por acusações, ele renunciou antes de colocar a ideia em prática. E o que era para ser uma injeção de dinheiro virou cobrança de dívida na Justiça, além de ser mais um caso carente de explicações no Morumbi.

Publicidade

A SM Consultoria Financeira entrou no último dia 25 com uma ação para cobrar R$ 153.555,60 do clube. Ela alega que trabalhou na estruturação do fundo, mas recebeu apenas a primeira parcela de sua remuneração, no valor de R$ 50 mil, um mês antes de Aidar renunciar. No processo, os advogados da empresa afirmam que ao ser cobrado o São Paulo (já após a saída do ex-presidente) se recusou a efetuar o pagamento sob “a absurda e infundada alegação de não ter sido prestado o serviço contratado”.

Anexado na ação está um e-mail enviado para a SM, em janeiro de 2016, por Sérgio Augusto Fonseca Pimenta, superintendente administrativo do São Paulo, no qual o clube informa entender que não deve nada à empresa. Ele afirma que a diretoria verificou a interrupção do contrato com a SM sem a conclusão do processo de estruturação do fundo. Pimenta também afirmou que a atual diretoria não tinha interesse a dar prosseguimento à constituição do fundo, e que os R$ 50 mil pagos em setembro já remuneravam a ex-parceira pelo serviço prestado.

A empresa, porém, discorda dessa versão e levou à justiça uma série de troca de correspondências sobre a operação, além de seu contrato com o São Paulo e um memorando de intenções entre o clube a Infinity Asset Management Administração de Recursos, que faria a gestão do fundo (o documento não está assinado).

Indagado pelo blog se o serviço da SM foi prestado, Aidar respondeu: “Se foi concluído não sei”.

A assessoria de imprensa do São Paulo informou que o clube ainda não foi notificado e que só se manifestará no processo. Por enquanto, a única decisão da Justiça foi redistribuir a ação do Foro Central para o Foro Regional do Butantã.