GloboEsporte
André Hernan
Sob o comando do técnico, time completou sete jogos sem vitórias com 1 a 1 com o Coritiba.
O técnico Fernando Diniz perdeu apoio no São Paulo e vive o momento mais crítico de sua passagem pelo Morumbi após o empate em 1 a 1 com o Coritiba, domingo, no Paraná, pelo Campeonato Brasileiro. O time não vence há sete partidas.
O treinador vinha sendo bancado publicamente pelo diretor de futebol Raí nos últimos dias, apesar de resultados decepcionantes e da eliminação precoce na Libertadores, ainda na fase de grupos.
Mas o resultado contra o Coritiba, que briga para não cair, fez com que alguns dirigentes deixassem a convicção de manter Diniz no cargo.
A avaliação dessas pessoas é de que já não mais possível corroborar o trabalho com resultados que minguam a cada rodada. Neste final de semana, o São Paulo caiu da terceira para a sétima posição do Brasileiro.
Raí e Fernando Diniz em treino do São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
Há incômodo também com as declarações do treinador, consideradas “fora da realidade”. Após o jogo contra o Coritiba, Diniz elogiou a defesa por não conceder chances ao rival, além daquela que gerou o gol paranaense aos cinco minutos de jogo.
Na partida, porém, ficou claro que os donos da casa optaram por se fechar logo que abriram o placar na tentativa de manter a vantagem mínima até o fim. Mesmo assim, com amplo domínio, o São Paulo só conseguiu o empate no segundo tempo e não teve forças para ir além disso.
Por fim, há alguma irritação no elenco, ainda que de forma pontual. Jogadores reclamam de receber poucas oportunidades, apesar da clara crise que vive a equipe e dos elogios recebidos do técnico durante treinamentos.
No Morumbi, há dirigente que vê o duelo contra o Atlético-GO, quarta-feira, como a chance derradeira a Diniz.
Por outro lado, pesa a favor do técnico o “dia seguinte” a uma possível demissão: quem assumiria o São Paulo?
A diretoria vê poucos nomes em condições no mercado. Há, também, a situação do próprio clube, em crise em campo e fora dele, com cofres vazios e em meio uma disputa política a poucos meses da eleição presidencial, prevista para dezembro.
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