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Thiago Ferri
O São Paulo conseguiu hoje (10) vencer a primeira partida na história do Allianz Parque ao bater o Palmeiras por 2 a 0, com gols de Reinaldo e Vitor Bueno, em duelo da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe de Fernando Diniz quebrou o tabu, abriu vantagem para o rival na tabela do campeonato, segue no G4 e ainda coloca pressão em Vanderlei Luxemburgo, bastante contestado pela torcida alviverde.
O triunfo, além de histórico, é muito importante para o São Paulo, que chega aos 26 pontos e continua marcando o líder Atlético-MG. Já o Palmeiras, que na última rodada havia perdido pela primeira vez após 20 partidas, continua estacionado com 22, na quinta posição e pode cair com o complemento da rodada.
Enfim, a primeira no Allianz O São Paulo foi vencer o primeiro jogo contra o Palmeiras no Allianz Parque depois de dez confrontos. É verdade que no Paulistão do ano passado os times empataram, mas a festa foi tricolor com o triunfo nos pênaltis naquela semifinal. Mas além deste empate, eram apenas oito derrotas, com quatro gols marcados e 24 sofridos. O Tricolor não vencia o Verdão, contando todos os estádios, desde 2017 — eram quatro empates e seis derrotas.
Garoto estreia e comete pênalti Recuperado de uma lesão sofrida na coxa direita, Esteves foi uma novidade no Palmeiras, substituindo Viña, que está disputando as Eliminatórias para a Copa do Mundo. Estreante na temporada e no seu segundo jogo como profissional, o lateral esquerdo teve dificuldades para marcar e cometeu o pênalti em Igor Vinícius, convertido por Reinaldo para abrir o placar no Allianz Parque.
Reinaldo deita e rola O camisa 6 são-paulino foi bastante inteligente e aproveitou-se do constante espaço nas costas de Marcos Rocha. Foi dele o único chute tricolor no primeiro tempo, mas depois do intervalo ele se tornou uma arma ainda mais perigosa. Além do gol, acertou mais duas finalizações perigosíssimas — uma Jailson pegou e a outra passou bem próxima à trave. Ele ainda participou da jogada do segundo gol. Que noite!
Estratégia ou desespero? Após sair atrás no placar, Vanderlei Luxemburgo fez rapidamente as cinco trocas, e a partir dos 25 minutos do segundo tempo já não poderia mudar mais. Pois no minuto seguinte, o zagueiro Luan se machucou e não poderia sair. O Palmeiras, portanto, atuou por quase metade da etapa final de forma remendada, com o camisa 13 na frente, movimentando-se pouco, Luiz Adriano quase como um armador, e Ramires na zaga com Felipe Melo. Scarpa, um dos que entraram, ainda machucou o tornozelo.
Volpi brilha na única vez que precisou Tiago Volpi trabalhou muito pouco no Allianz Parque, e na única vez em que foi acionado, brilhou em uma linda defesa na cobrança de falta de Gustavo Scarpa. Com a bola rolando, a equipe de Fernando Diniz correu poucos riscos e conseguiu assim chegar à segunda partida consecutiva sem ser vazado, depois de críticas recentes. Vitor Bueno, com o Palmeiras totalmente remendado, ainda fechou o placar, nos acréscimos.
Jogou a pressão do outro lado? Fernando Diniz e Vanderlei Luxemburgo trocaram um longo abraço antes de a partida começar. Ambos chegaram na arena bancados, mas sob fortes críticas da torcida. O comandante do São Paulo, até o Choque-Rei, era aquele que parecia correr mais riscos de perder o emprego, mas agora joga a pressão toda para o outro lado do clássico. A diretoria alviverde, apesar das cobranças em redes sociais, estava decidida a manter o trabalho com o comandante que venceu o Campeonato Paulista, mas não faz o Verdão jogar no Brasileiro.
FICHA TÉCNICA PALMEIRAS 0 x 2 SÃO PAULO Local: Allianz Parque, em São Paulo (SP) Data: 10 de outubro de 2020 (sábado) Horário: 19h (de Brasília) Árbitro: Leandro Vuaden (RS) Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (ambos do RS) VAR: José Cláudio Rocha Filho (SP) Assistentes do VAR: Edina Alves Batista (Fifa/SP) e Fabrício Porfírio de Moura (SP).
Cartões amarelos: Esteves (PAL); Igor Vinícius (SAO) GOLS: Reinaldo, aos dez minutos do segundo tempo (0-1); Vitor Bueno, aos 47 minutos do segundo tempo (0-2) PALMEIRAS: Jailson; Marcos Rocha, Felipe Melo, Luan e Esteves (Danilo); Patrick de Paula, Zé Rafael (Ramires), Raphael Veiga (Gabriel Veron) e Lucas Lima; Wesley (Gustavo Scarpa) e Willian (Luiz Adriano). Técnico: Vanderlei Luxemburgo SÃO PAULO: Tiago Volpi; Igor Vinícius, Diego Costa, Bruno Alves e Reinaldo; Luan, Tchê Tchê (Léo), Igor Gomes (Toró) e Daniel Alves; Brenner (Pablo) e Luciano (Vitor Bueno). Técnico: Fernando Diniz.
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