UOL
Thiago Fernandes
A vida de Júnior Tavares deu uma reviravolta no São Paulo em 2017. Contratado em definitivo pelo clube naquele ano, o lateral esquerdo teve um problema com o empresário Fabiano Carpegiani, quem cuidava da sua carreira desde os tempos de Grêmio, e precisou rescindir o acordo com o antigo representante. Por causa do imbróglio, viu a sua mãe, Simone Tavares, entrar em uma batalha judicial com o agente.
A parente do atleta, que está emprestado ao Sport, alega que o rompimento entre as partes foi devido a um embate por causa dos pagamentos de direitos de imagem feitos pelo Tricolor paulista. Não há detalhes sobre o caso, mas o diretor de futebol responsável pela contratação do atleta, Vinícius Pinotti, diz desconhecer os problemas nos depósitos ao lateral esquerdo durante a sua gestão. O então dirigente deixou o Morumbi em dezembro de 2017, e o caso ocorreu dois meses mais tarde, em fevereiro de 2018.
Simone acionou a Polícia Civil do Rio Grande do Sul para dar queixa de apropriação indébita contra o agente. Ela alega que um dos funcionários do empresário, Rafael Magliore, invadiu o seu apartamento em Porto Alegre e levou móveis e documentos para um depósito no bairro Menino Deus.
Ao ser informada sobre a localização de seus pertences, Simone Tavares teria ido ao galpão para recuperá-los. Porém, ela alega que se encontrou com Rafael Magliore e outro funcionário de Carpegiani, Jader Hock, no local e que, naquele momento, foi coagida a assinar um documento em que precisaria manter o caso em sigilo. Se a situação se tornasse pública, qualquer uma das partes precisaria pagar o importe de R$ 500 mil.
Simone Tavares alega que assinou o papel e, ao ser informada que não teria uma cópia e tampouco veria o seu desafeto — Fabiano Carpegiani — assiná-lo, rasgou o documento. Ela colou os pedaços da folha e a colocou na primeira ação movida contra Carpegiani. O processo, contudo, foi extinto na Justiça do Rio Grande do Sul. Pouco tempo mais tarde, a mãe do lateral esquerdo acionou Fabiano Carpegiani por danos materiais na Justiça local. Ela alega que os móveis recuperados e colocados em um galpão de Porto Alegre sofreram avarias. Simone queixa-se ainda de ter perdido objetos de cunho afetivo e que jamais serão recuperados.
Carpegiani foi procurado em mais de uma oportunidade pelo UOL Esporte no decorrer desta semana. O empresário, contudo, preferiu não respondeu às mensagens telefônicas e tampouco retornou às ligações da reportagem. O espaço segue aberto para que ele dê a sua versão dos fatos.
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