Queda na Sul-Americana mostra por que SPFC não é time confiável com Diniz

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UOL

Thiago Fernandes

A eliminação do São Paulo na Copa Sul-Americana, três dias após a incontestável vitória por 4 a 1 sobre o Flamengo pelo Brasileirão, evidencia a oscilação do time sob o comando de Fernando Diniz em 2020. Mesmo que tenha 62,5% de aproveitamento em 16 partidas disputadas do Brasileirão, o melhor de um time do torneio, o Tricolor paulista oscila no decorrer da temporada.

A equipe foi eliminada de forma vexatória no Campeonato Paulista para o Mirassol depois de fazer a terceira melhor campanha da fase de grupos do Estadual, atrás somente de Palmeiras e Red Bull Bragantino. Ao enfrentar um time completamente remontado, os comandados de Diniz foram derrotados por 3 a 2 em pleno Morumbi.

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A equipe foi eliminada de forma vexatória no Campeonato Paulista para o Mirassol depois de fazer a terceira melhor campanha da fase de grupos do Estadual, atrás somente de Palmeiras e Red Bull Bragantino. Ao enfrentar um time completamente remontado, os comandados de Diniz foram derrotados por 3 a 2 em pleno Morumbi.

Em um grupo com River Plate (ARG), LDU (EQU) e Deportivo Binacional (PER) na Libertadores, o São Paulo foi eliminado a uma rodada do fim da fase de grupos. O time paulista foi o único a sofrer gols e até perder para o frágil Binacional, saco de pancadas da chave. Os peruanos sofreram 14 gols do River, em dois jogos, e sete da LDU, no mesmo número de partidas. Com o aproveitamento ruim, acabou eliminado na quinta rodada da chave.

A queda para o Lanús, que ficou sem jogar por mais de sete meses, é outra evidência de que o Tricolor paulista ainda não conseguiu se firmar em 2020. No jogo de ida, os argentinos venceram de virada por 3 a 2. O atacante Sand, que cogitou se aposentar nesta temporada, aos 40 anos, marcou duas vezes no compromisso. No jogo de volta, com a vitória por 4 a 2 garantida até os 90 minutos, o São Paulo sofreu um gol de Nicolás Orsini aos 93 minutos e acabou eliminado na segunda fase da Copa Sul-Americana.

Fernando Diniz não consegue explicar oscilação de seus comandados em 2020 - Bruno Ulivieri/AGIF - Bruno Ulivieri/AGIF

A oscilação apresentada em 2020 é uma incógnita até para o próprio treinador. Em entrevista coletiva após a vitória por 4 a 3 sobre o Lanús, que culminou na eliminação da Sul-Americana, ele não soube responder o motivo da inconstância de sua equipe.

“Não tenho resposta fácil [para explicar a oscilação], a pergunta é fácil, mas a resposta é difícil. Pode falar que é por conta da juventude, porque desconcentra. Se tivesse feito mais um gol, as perguntas seriam outras. A gente tem uma potência muito grande. Se conseguirmos manter o nível de consistência ou intensidade, conseguiremos melhores resultados”, afirmou o treinador.

O técnico não consegue explicar a mudança repentina de postura do time. No último domingo (1), os seus comandados foram ao Maracanã e venceram o poderoso Flamengo por 4 a 1 de forma incontestável. Três dias depois, mesmo vencendo o Lanús em casa, sofreram três gols. O que aconteceu para uma queda tão brusca de um jogo para o outro?

“Não adianta tentar achar monstro. Contra o Flamengo, a gente se defendeu bem, teve muito mais chance de gol. Hoje [quarta], faltou mais intensidade no primeiro tempo. A única chance do segundo tempo foi a bola que originou o gol aos 90 minutos”, explicou Diniz. Além das quedas, a falta de consistência é também atestada pelos números obtidos em 2020. Em 39 partidas, o São Paulo fez 70 gols, mas sofreu 50. A defesa tem média de 1,28 bola na rede por jogo. O desequilíbrio resulta em um aproveitamento não tão positivo. Foram 17 vitórias, 12 empates e dez derrotas, com rendimento de 53,8%.

Com duas competições pela frente no restante da temporada — Brasileirão e Copa do Brasil —, o São Paulo precisa ajustar a equipe para voltar a vencer e convencer.

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