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Thiago Fernandes
Fernando Diniz deixou o momento de pressão e passa a ter prestígio nos bastidores do São Paulo. Semifinalista da Copa do Brasil e com a melhor campanha em termos de aproveitamento do Brasileirão, o técnico ganhou ainda mais moral com as três vitórias seguidas diante do Flamengo, atual campeão nacional e do continente.
A equipe venceu o adversário por 4 a 1, em jogo do Campeonato Brasileiro, e o eliminou com um triunfo por 2 a 1 e outro por 3 a 0, pelas quartas de final da Copa do Brasil. A condição ostentada pelos cariocas, vistos como o melhor elenco do país, deu respaldo a Diniz nos bastidores do Morumbi. Até mesmo no Conselho Deliberativo, onde era criticado, a desconfiança sumiu. Em três jogos contra o badalado time, obteve 100% de aproveitamento e garantiu o placar agregado de 9 a 2.
Com a confiança, ele se transformou no segundo técnico mais longevo da Série A do Campeonato Brasileiro, atrás apenas de Renato Gaúcho, no Grêmio há mais de quatro anos consecutivos. Contratado em 26 de setembro do ano passado, o comandante viveu momentos de turbulência, mas foi mantido no cargo por decisão do departamento de futebol.
“Ele [Renato Gaúcho] não está no Grêmio até hoje por acaso. Está porque chegou lá e já ganhou a Copa do Brasil [em 2016]. Aí, no outro ano, ganhou a Libertadores [2017]. E aí chegou na semi da Libertadores [2018]. Aqui no São Paulo é um exemplo mais prático e assertivo que no Grêmio, porque nesse um ano e pouco que estou aqui, tive muitos momentos de pressão. A gente teve uma diretoria, principalmente Leco, Raí, Pássaro e Chapecó, que viu que tinha sentido ficar juntos, fortes e trabalhar cada vez mais”, declarou Fernando Diniz.
“O São Paulo é um exemplo de que quando você tem algo que acredita que valha a pena, você tem que apostar e aceitar sofrer pressões em determinados momentos e não ficar mudando. Não sou favorável que todo mundo tenha que ficar muito tempo, mas acho que o principal é saber escolher bem e dar suporte, garantia de que o profissional terá um tempo razoável de trabalho, porque não existe milagre no futebol. É trabalho, não existe mágica”, acrescentou.
Sem prazo determinado no contrato CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) firmado no Morumbi, Diniz permanece à frente da equipe sem ter uma multa rescisória prevista. O futebol apresentado recentemente o mantém no cargo ao menos durante a gestão de Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, que se encerra em dezembro. O bom desempenho pode segurá-lo também nos primeiros meses da nova administração, disputada por Julio Casares e Roberto Natel.
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