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Artilheiro do São Paulo na temporada, com 17 gols, Brenner revelou que já chegou a pensar em parar de jogar futebol. Vivendo excelente fase na atual temporada, o garoto gera grandes expectativas desde que foi promovido ao time profissional, em 2017, sob o comando de Rogério Ceni, mas alternou altos e baixos que o levaram a ser praticamente descartado pelo Tricolor.
O desempenho na base era avassalador. Foram 23 gols em 30 jogos no sub-15 e 43 gols em 44 jogos pelo sub-17. mas atuações aquém da expectativa no profissional fizeram com que Brenner fosse emprestado ao Fluminense no ano passado. Lá, o jovem atacante trabalhou com Fernando Diniz, mas não aproveitou o período para ganhar espaço e rodagem. Sem foco, a carreira quase degringolou.
“Pedi até para não ir a jogos, ficar só em casa. Treinava pensando pra onde eu ia depois, não queria mais jogar bola, não. Tive uma conversa com a minha mãe, falei que eu estava desanimado, que não sabia se eu queria continuar nesse sonho que eu tinha desde criança, porque não via mais esse caminho. Ouvi que o São Paulo não sabia se ia me querer, foi um choque de realidade para mim”, revelou Brenner em entrevista à spfctv.
Apesar de não conseguir se firmar como titular no Fluminense, Brenner ganhou um voto de confiança de Fernando Diniz quando ele foi contratado pelo São Paulo. O treinador decidiu reintegrar o jovem revelado em Cotia ao elenco profissional e passou a lapidá-lo para se tornar o homem-gol que é atualmente.
“Minha mãe sempre esteve comigo, minha mãe é da hora. Ela conseguia enxergar o que eu estava passando. Até que um certo dia eu recebi a notícia que o professor Diniz me queria, que ele contava comigo. Aquele dia ali a bateria foi recarregada 100%. Aí eu falei para minha mãe que eu ia me entregar, prometi para ela. Eu nunca treinei nas férias. Falei que ia treinar. Quero morar no CT, viver e respirar futebol”, completou o camisa 30 do São Paulo.
Com 13 gols nos últimos 13 jogos, Brenner já superou os números dos últimos artilheiros do São Paulo, como Pablo, Diego Souza, Lucas Pratto e Calleri. Mais maduro e ciente da grande responsabilidade que é vestir a camisa tricolor, o jovem atacante é um exemplo de que o imediatismo pode dar fim a carreiras promissoras no futebol.
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