Antes de decisão, Denis faz apelo a torcedores: “Não desistam de nós”

99

GazetaEsportiva.net

Tomás Rosolino

O goleiro e capitão da equipe não poupou cobranças aos companheiros e pediu apoio na Argentina (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)
O goleiro e capitão da equipe não poupou cobranças aos companheiros e pediu apoio na Argentina (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

A relação entre a torcida do São Paulo e os jogadores do clube está cada vez mais desgastada, mas os atletas vêem no apoio dos são-paulinos o melhor caminho para sair deste conturbado início de ano. Para o goleiro Denis, que exerce também a função de capitão da equipe, é imprescindível para o elenco que os aficionados acreditem nas chances de vitória contra o River Plate-ARG, nesta quinta-feira, às 19h30 (de Brasília), pela segunda rodada da fase de grupos da Taça Libertadores da América.

“Eu peço que o torcedor não desista do nosso time”, suplicou em entrevista concedida no CCT da Barra Funda o arqueiro, segundo atleta mais antigo do grupo profissional. Para ele, o clube do Morumbi vai melhorar caso consiga treinar sem limitações e corrigir as falhas apresentadas, principalmente nas derrotas para Strongest e São Bernardo.

Publicidade

“Sei que não é uma fase que eles queriam que o time passasse, nem eu queria dar explicações de derrotas e por que o time não joga bem, mas tenho que erguer minha cabeça, me doar, trabalhar. Se está faltando alguma coisa, tem que ver o que é”, avaliou o camisa 1, reconhecendo o direito das arquibancadas em cobrar uma melhor produção da equipe dentro de campo.

“Se há cobrança, time grande sempre vai ter. Nós jogadores temos que nos cobrar mais porque, do jeito que está, não está funcionando. Cada um tem que olhar para o seu companheiro, mostrar que está ali do lado e cobrar dele para que as coisas voltem a funcionar dentro de campo”, ordenou o capitão.

Para Denis, é inegável que o elenco tricolor possui bons nomes e qualidades individuais, mas falta uma maior dedicação dos seus membros dentro de campo. O arqueiro acredita na capacidade dos seus parceiros em decidir partidas. Aponta, porém, a necessidade de todos se doarem para encaixar um time.

“Não adianta ter uma equipe ótima no papel. Papel não ganha jogo, nome não ganha jogo. Se todos não se dedicarem, não dá. Falo de dedicação porque precisa melhorar muito. Temos jogadores de alto nível, era para brigar na ponta da tabela, ganhar mais jogos do que ganhamos e estar jogando melhor do que estamos jogando. Vamos colocar a cabeça no lugar”, observou, negando que a defesa seja um dos pontos fracos na atual formação.

“Uma equipe de futebol tem que sempre evoluir. Se você pegar a defesa do ano passado para esse, evoluiu bem, mas não está no ideal ainda. Defesa começa desde o centroavante, todos têm função de marcação. Se ela não for correspondida lá na frente, estoura lá atrás. E se lá atrás não jogar, não chega lá na frente a bola. Por isso chama time”, bradou o goleiro, normalmente comedido nas palavras, mas bastante incisivo nesta segunda.

“Tem que dar tempo de se recuperar nesses jogos, não é uma escolha. Lógico que alguns torcedores não entendem o baixo rendimento da equipe. Posso entender que nem nossos jogadores às vezes sabem o que acontece. Precisamos nos cobrar um pouco mais para que a gente possa arrumar neste pouco tempo o que está sendo feito errado”, projetou, já visando também aos embates contra o Palmeiras, no domingo, e Trujillanos-VEN, no dia 16.