Diniz aprova São Paulo e só não fica satisfeito com chances desperdiçadas

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GazetaEsportiva

Fernando Diniz gostou do que viu na tarde deste domingo. O São Paulo se impôs no Morumbi e venceu o Sport Recife. O triunfo manteve a equipe tricolor na liderança do Campeonato Brasileiro.

O técnico só fez um alerta: o placar de 1 a 0, na visão dele, teve mais relação com a ineficiência do ataque são-paulino do que com o sistema defensivo pernambucano.

“O principal aspecto negativo hoje foram as conclusões, porque tivemos muitas chances claras para fazer gol e acabamos fazendo um só, de bola parada. O Sport jogou muito atrás, nós tivemos bons momentos jogando com pouco espaço, esse time (Sport) empatou 0 a 0 com o Atlético, no Mineirão, e o time (do São Paulo) teve uma postura muito boa. No segundo tempo, eles tiveram de sair um pouco mais, tivemos chances mais claras, que não conseguimos concluir em gol”.

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O São Paulo, agora, pega o Botafogo, quarta-feira, de novo no Morumbi, em duelo atrasado pela 18ª rodada.

Leia a entrevista coletiva de Fernando Diniz, na íntegra:

Jogar sem público
“Está sendo ruim. É melhor jogar com torcida contra, quando joga fora, do que sem torcida. E, dentro de casa, sempre faz muita falta. As vezes tem gente que acha que a pressão seria pior se tivesse torcida nos resultados ruins. Discordo, completamente. A gente ia amadurecer mais ainda, ia saber suportar isso e eles estariam do nosso lado agora, alegres e incentivando os jogadores. Faz muita falta para o futebol e para o nosso time, em especial. Estamos com saudades da torcida”.

O que não foi bom neste domingo
“O principal aspecto negativo hoje foram as conclusões, porque tivemos muitas chances claras para fazer gol e acabamos fazendo um só, de bola parada. O Sport jogou muito atrás, nós tivemos bons momentos jogando com pouco espaço, esse time (Sport) empatou 0 a 0 com o Atlético, no Mineirão, e o time (do São Paulo) teve uma postura muito boa. No segundo tempo, eles tiveram de sair um pouco mais, tivemos chances mais claras, que não conseguimos concluir em gol”.

Sequência em casa
“Sempre bom fazer pouco deslocamento, é um fator positivo”.

Construções pelo lado direito
“Eu acho que hoje a gente construiu muito pelo lado direito, uma movimentação muito clara por aquele lado. O normal é ter um jogo equilibrado, e quanto a isso teve uma partida só que jogamos mais pelo lado esquerdo. De maneira geral, estou contente com o poder de jogo tanto de um lado quanto do outro”,

Jogada ensaiada
“De fato, foi uma jogada ensaiada. A bola parada quase sempre a gente trabalha, tem um tempinho para isso, porque é algo que define muito jogo. As jogadas variam de adversário para adversário, porque tem quem marca por zona, individual, mais dentro do gol, mais fora… Muitas vezes, a gente prepara e não dá certo, mas hoje a gente teve a felicidade de sair o gol”.

Adversários recuados contra o líder
“Não é pelo fato do São Paulo ser líder. Desde quando cheguei aqui, a tendência é os times marcarem com linhas mais baixas pela maneira como o São Paulo joga. E não vi mais dificuldades (no jogo). A gente se apega muito ao resultado. Criamos muitas chances e o Volpi não pegou na bola. O Sofrimento foi porque a qualquer momento poderia tomar o empate, mas o time jogou bem, teve volume, condições de jogo, o Sport fechado, três zagueiros, três volantes, linhas baixas… Você tem de atacar e tomar cuidado com contra-ataque, e o time conseguiu jogar bem”.

Jogo automatizado e grupo na mão
“Isso é uma coisa lógica. Sobre o grupo estar na mão, prefiro falar que nossas interações estão cada vez mais harmônicas, mas isso aconteceu desde a minha chegada. Se a gente retroceder, eu cheguei também pelas mãos dos jogadores. Quase ninguém tinha trabalhado comigo, só contra, então, minha chegada foi diferente. E a gente vê muito mais que tem o time na mão nos momentos difíceis, e não nos momentos de euforia. A gente foi imposto à prova mais de uma vez e nesses momentos a gente conseguiu tirar o melhor de cada um e seguir. O tempo ajuda muito as construções táticas, os jogadores vão se entendendo cada vez mais, mas não tem nada automático. Cada jogo é uma final, a gente tem de melhorar, e precisamos de novo trabalhar e fazer nosso melhor na quarta-feira”.

Luan ‘come quieto’
“Primeiro que ele não é um jogador discreto, pelo contrário, joga cada vez melhor, participa das construções, completamente diferente do que era há um ano. E jogando dessa forma, é claro que ele acrescenta. É um grande jogador, tem um futuro brilhante”.

Diferença entre os dois tempos
“Eu não acho que caiu de rendimento. O Sport teve de tirar o time um pouco de trás, e a gente foi criando situações de gol, mais que no primeiro. Poderia ter acelerado o jogo, jogado mais pelas pontas, mas fomos criando chances e não marcando (gol), e isso cria instabilidade, mas a equipe fez um bom segundo tempo também”.

Relação com Luciano
“De fato é uma relação muito próxima, mas tenho uma relação próxima com todos os jogadores, e você tem de saber tratar da maneira adequada para cada um poder responder. Eu já tinha trabalhado com o Luciano no Fluminense, chegou rendendo bem, casa muito bem com o jeito que eu concebo o futebol, aguerrido, tem boa relação com os jogadores, e talvez isso seja o pilar central do meu trabalho”.

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