GloboEsporte
Eduardo Rodrigues e Marcelo Hazan
Candidato à presidência do Tricolor fala sobre planos para comandar o clube.
Roberto Natel, candidato à presidência do São Paulo, concedeu nesta terça-feira uma entrevista ao vivo de uma hora ao ge. Nela, falou sobre o plano de governo caso vença a eleição.
Adversário de Natel no pleito do próximo sábado, das 10h30 às 16h, no Morumbi, em sistema drive-thru, Julio Casares foi entrevistado na segunda-feira.
Roberto Natel é empresário, completa 59 anos nesta quarta-feira, e atua na administração do São Paulo, em diferentes cargos, desde 2001. Natel foi vice de Carlos Miguel Aidar, mas renunciou na esteira de acusações de irregularidades contra o então presidente. É vice atualmente de Leco, e manteve-se no cargo apesar do racha com o presidente, a quem faz oposição.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
Finanças, departamento de futebol, jejum de títulos, Cotia, Morumbi, clube social, sócio-torcedor, Conselho, reforços, venda de atletas e relacionamento com a CBF estiveram entre os temas.
Roberto Natel, candidato à presidência do São Paulo, em entrevista ao ge — Foto: Reprodução
Veja abaixo as respostas de Roberto Natel:
Como vai lidar com a dívida do São Paulo?
– O São Paulo está em uma dificuldade financeira muito grande. Precisamos ter responsabilidade, o presidente tem que focar nas dívidas para acabar com elas. Ou seja, contratar com responsabilidade, trazer um diretor financeiro com meritocracia, um de marketing do ramo, aí sim vamos conseguir diminuir. O São Paulo chegou nessa dívida com irresponsabilidade, contratando sem critérios. Oitenta por cento das despesas do São Paulo é o futebol. Eu, na presidência, não tenho medo nenhum em relação a isso, trabalho com responsabilidade, usarei a base, vamos tirar o São Paulo desse caminho sem critérios e diretrizes. É tranquilo tirar o São Paulo dessa dívida, o clube é gigante, e as receitas chegarão naturalmente.
Nesse cenário, como faz para equilibrar para acabar com o jejum de títulos e quitar as dívidas?
– Eu acho que o São Paulo está num caminho forte, para ter dois títulos. Vejo isso com muita esperança. O elenco está correspondendo. O título vai vir, seja comigo ou o outro candidato. O São Paulo está com uma equipe forte, com um técnico coerente. O que o presidente precisa focar nesse momento é na dívida, para que o próximo presidente tenha mais condição ainda depois da gestão que entrar em janeiro. A base é que vai fazer um time forte.
É possível manter independência entre os poderes no São Paulo no modelo atual?
– Sem dúvida nenhuma. A partir do momento que você tem transparência e o foco é fazer o São Paulo voltar ao seu caminho, não tem que ter medo do Conselho. Você vai mostrar, explicar, então não vejo nenhum problema. Pode ter uma pressão ou outra, mas quando você tem grandes profissionais do seu lado e seu objetivo é trazer o São Paulo de volta, não tenha dúvidas, por mais que o Conselho tente prejudicar um ou outro, não vai conseguir. O torcedor vai estar do seu lado, como a grande maioria do Conselho também.
Por que renunciou quando foi vice de Aidar mas não deixou o cargo ao rachar com Leco?
– Na época do Carlos Miguel Aidar eu fui indicado por ele, era da minha responsabilidade pedir demissão. Pedi demissão, agradeci o convite e combati. Eu sou vice-presidente eleito junto com o Leco, a minha responsabilidade é com as pessoas que votaram em mim. Eu como vice-presidente tinha mais força para combater o que eu achava que o Leco estava fazendo errado. No início da gestão o Leco começou a contratar por contratar, eu falei para ele isso. E outra também por causa da remuneração de conselheiros. Ele começou a fazer uma política de Brasília. Em qualquer lugar que se faça isso é ruim para instituição. Fiz um abaixo-assinado para acabar com essa remuneração. Consegui 109 assinaturas, mas aí fui surpreendido pelo Olten Ayres, que fez uma manobra para o pagamento aos conselheiros terminar em abril de 2020.
Como analisa a gestão do presidente Leco?
– O Leco é praticamente passado, foi uma gestão muito ruim. A administração foi muito ruim mesmo.
Em 2015, foi noticiado que uma das empresas em que o sr. é sócio mantinha contratos com o São Paulo, um posto de gasolina em que o clube abastecia os carros e fazia outros serviços. O sr. entende que essa é uma relação sadia? Como presidente, assinaria contrato ou permitiria um acordo, mesmo que informal, com a empresa de um conselheiro?
– Naquela época isso era normal. Quando o diretor administrativo pediu para eu atender o São Paulo não queria, fui contra no primeiro momento, aí ele me chamou na sala dele dizendo que tinha obrigação. Dei risada até. Eu perguntei qual eram os problemas e ele me explicou. O São Paulo tinha nove carros e gastava muito, com o meu posto foi onze carros. No meu posto gastou 40 mil reais. Ali me deu a tranquilidade de continuar, vi que o São Paulo estava sendo prejudicado. Com a insistência acabei aceitando. Os números mostram só benefícios.
– Eu peguei todas as notas, que estão até aqui, pedi para criarem uma Comissão para averiguar tudo e que, se tivesse algo errado, eles tinham obrigação de me expulsar. Eu fui vítima como o São Paulo. Isso acabou saindo das páginas esportivas para outras páginas. Hoje mudou o estatuto, não pode e eu não deixaria. As pessoas usam de outra formas. Quando a gente fala em R$ 40 mil por ano, são menos de R$ 3 mil por mês, um lucro de R$ 500 reais. Falavam que eu ganhava R$ 8 milhões, mas tudo mentira. Eu estava combatendo o Carlos Miguel naquele momento, aí eles viram um gancho para tentar desviar meu foco, mas me deu mais força. Tivemos razão, e o Carlos Miguel acabou saindo da gestão.
Sobre o caso do hacker
– Mais uma vez tentaram mudar meu foco e manchar minha imagem. O documento foi para 240 conselheiros, não era sigiloso, pelo contrário. Esse hacker invadiu meu e-mail, e isso foi comprovado. Em nenhum momento o São Paulo me acusou, o que ele fez, que foi outra manobra para desviar o foco, foi dizer que saiu do meu e-mail. Você pega a única pessoa que está lá combatendo a gestão… quem bola tudo isso é a gestão do presidente. Por um acaso é o do Roberto que sai. Foi uma grande sacanagem. Eu contratei uma empresa que já está mostrando que não tenho nada a ver com isso, sou uma grande vítima junto com o São Paulo Futebol Clube. Esse hacker invadiu o Superior Tribunal de Justiça, bancos, ministros, é um hacker que continua invadindo as pessoas. Tenho tranquilidade grande nisso, sou transparente.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-37/html/container.html
– Meu papel como vice-presidente era combater o Leco internamente, para ele entender que estava indo para o caminho errado. Fui muito transparente com ele, bati olhando para ele e falando antes de acontecer. Ele fez exatamente o contrário, acredito que foram os assessores deles que fizeram essa tramoia para manchar minha imagem. Daqui a pouco a polícia acha o responsável. Quando a polícia foi no São Paulo, mais uma vez soltaram como se tivessem indo buscar meu computador. Eu não tinha nem sala. Eu fui chamado no DEIC, fiquei duas horas depondo, respondi todas as perguntas. O delegado perguntou se eu poderia levar meu computador pessoal, peguei do meu escritório e levei. Está até hoje lá. O São Paulo está sendo mal gerido por pessoas que não têm transparência e não querem perder o poder.
O ex-técnico Muricy Ramalho deixou a Globo para assumir um cargo na diretoria de futebol que o seu adversário, Julio Casares, está montando. Como vê essa movimentação do Casares antes da eleição?
– Não tive nenhuma conversa, sempre respeitei os profissionais do São Paulo. Nenhuma conversa com o Muricy, apesar de achá-lo um excelente profissional, direto e humano, sou fã dele. Ele pode até procurar o Muricy, mas deveria ficar internamente, sem ninguém ficar sabendo. O São Paulo está em atividade, em primeiro lugar, então acho errado sair isso. O Muricy é um grande são-paulino, todo torcedor quer, eu gosto demais, mas não tive contato nenhum com ele.
Muricy pode ser uma sombra para o treinador?
– De maneira alguma, o Muricy é uma pessoa muito direta. Se estiver sendo contratado é para ser o dirigente, ajudar a parte entre diretoria e comissão técnica. Eu não vejo nenhuma possibilidade, ele é muito direito e transparente, não tem perigo nenhum de isso acontecer, pelo contrário.
Se eleito, manterá Raí, Pássaro e Fernando Diniz?
– Eu contrataria o Marco Aurélio Cunha, então não continuaria com o Pássaro. O São Paulo está em andamento, é manter, sim. O Pássaro eu mudaria, tem a ver com outras partes do elenco, que é contratos, então com ele não continuaria, já que o Marco Aurélio faria o papel dele. O Diniz eu já venho falando há muito tempo, eu manteria ele certamente, está fazendo um bom trabalho, está usando a base, que é algo que sempre falei para o Leco. Manteria pelo papel que tem feito e pelo posicionamento que o São Paulo está hoje.
– Não estou dizendo que ficaria com Lugano e Raí, mas o Marco Aurélio assumiria, aí a decisão vem dele e do presidente. Se o São Paulo está lá com tudo dando certo, você não vai mexer. Mas depois não dá para saber. Até o final do Brasileiro manteria sem dúvida nenhuma. Você tem que dar tranquilidade para o elenco e técnico, o time está entrosado, então jamais mexeria.
Como pensaria a formação do elenco para a próxima temporada?
– Eu não traria reforços neste momento não. É usar o elenco que temos, a base que temos, para colocar o São Paulo no caminho. O foco é acabar com a dívida, diminuir bastante pensando a longo prazo, nos próximos presidentes. O grande presidente pensa no todo, não só na administração dele, fazendo que o São Paulo volte a ter glórias. Precisa ter um presidente que vai chegar no torcedor e falar que vamos focar nas dívidas neste primeiro tempo, acabar com o câncer do São Paulo. É isso que vamos fazer.
O sr. pediu que os votos da assembléia que elegeu 100 novos conselheiros fossem recontados. Entende que houve fraude?
– Eu olho isso com muita tristeza, durante a contagem haviam problemas e eu já pedi no primeiro momento para recontar. Junto com o Marcos Tadeu e o Olten, eles falaram para pedir depois, e eu acredito na palavra das pessoas. Caiu mais de quinze vezes o sistema. A eleição foi estranha desde o princípio. A grande maioria dos nossos eleitores vinha de manhã. Eles atrasaram a eleição, só lá para as três da tarde, quando começou a chegar muita gente, desandou. Já com a contagem houve esse problema, começaram a contar da urna 1 a 12. Caiu mais de quinze vezes o sistema. Eu não acho que houve uma maldade, mas acho que podemos ter pedido alguns dados a partir do momento que o sistema caiu várias vezes. Mas assim, se não tem nada errado, por que não recontar?
– Eu pedi a recontagem sabendo da grande diferença, mas pedi pensando no conselheiro que pode ter sido prejudicado com essas quedas de sistemas. Quando eu encontrei o Marcos Tadeu e o Olten eles falaram que não tinha o que fazer, que nunca teve recontagem. O São Paulo precisa ter gente sérias, gente que foque na instituição, mas eles estão focados em não perder o poder. Até a 12ª urna estava equilibrado, 49 a 51, mas na hora que o sistema parou de cair houve uma mudança total. Eu fiz o meu papel como candidato, pessoa séria e transparente. Pedi no dia, falaram para pedir no outro. Era para acabar a votação meia-noite, mas acabou sete da manhã. Eles venceram a gente pelo cansaço. É muito estranho, se não tem nada a temer, por que não recontar? A recontagem você tem tudo na mão, três horinhas recontava e deixava tudo claro.
Acha justo o sistema de votação para presidente do São Paulo? Mudaria?
– Eu venho falando em todas as minhas entrevistas que quero essa mudança, gostaria que o sócio votasse direto para presidente, não nos conselheiros. Tenho focado no sentido de fazer o sócio-torcedor votar para presidente. Quem reclama que só os conselheiros votam para presidente, o nosso plano daria condições. É um estudo criterioso, saber os planos, quantos anos está pagando, mas tem que haver mudança. A partir do momento que você faz um esquema para votar, cola fechada, votando em pessoas que não têm condições de serem conselheiros. É um grupo que quer o poder pelo poder, não quer colocar pessoas boas dos dois lados. São Paulo tem que ter pessoas com gabarito, mas o nível caiu muita nessa última eleição. Tem que haver mudança, se não vai ficar cada vez pior.
Como melhorar esse nível?
– Eu acho que você tem que votar no máximo em duas ou três pessoas, ao invés de vinte conselheiros. Treze pessoas para vitalício tiveram zero votos, não votaram nelas mesmos. É isso que precisamos mudar. Não tem cabimento uma pessoa sair candidata ao Conselho Vitalício e não votar nela mesmo. Sei da dificuldade da eleição do sábado, estou trabalhando porque quero transparência e um São Paulo forte. Se não olharmos para o clube, a tendência do São Paulo é só cair. Conselho de vitalício acabou vetando grandes são-paulinos e colocando pessoas suspeitas, que não são são-paulinas. Quer mais um exemplo? O Carlos Miguel continua no Conselho Construtivo, mas foi expulso de dois órgãos. Tem algo muito errado. O são-paulino precisa forçar muito essa mudança, se não seremos piores que outros times do passado. Hoje somos exemplo do que não seguir.
Se confirmado o favoritismo do seu adversário, como será sua atuação no São Paulo? Pretende aglutinar um grupo de oposição?
– Eu pretendo juntar as pessoas sérias, aquelas que não se elegeram, e fazer um grupo forte. Não fazer oposição por oposição. Se estiver fazendo coisa certa vou elogiar, se estiver fazendo coisa errada vou combater. O conselheiro tem que combater o que está errado, não está lá para decidir. Jamais vou fazer parte da diretoria, mas não serei oposição por oposição. Serei oposição para deixar o São Paulo em um caminho muito forte.
Transparência financeira: colocaria balancetes trimestrais?
– Sem dúvida nenhuma. Você tem que mostrar que veio para trazer a credibilidade do São Paulo. Quando eu sentava e conversava com o Laudo, ele dizia que não tinha dinheiro, mas tinha credibilidade, com as ideias das pessoas que lá estavam. Qual o problema em ser transparente se o seu objetivo na presidência é fazer o bem para o São Paulo? Se eu for presidente, isso vai existir.
O time atual tem como destaques alguns jogadores formados na base. Como pretende conectar Cotia à Barra Funda?
– Quando eu convidei o Marco Aurélio Cunha disse que ele vai cuidar da cadeia inteira do futebol. Ele seria o diretor para colocar pessoas na base, um assessor, quem quer que fosse, para cuidar inteirinho do setor de futebol. Temos que levar o profissional para Cotia. Colocando esses profissionais ao lado de grandes jogadores o garoto se acostuma. Ao mesmo tempo o Diniz estaria conversando com os técnicos da base para jogar do mesmo jeito que o principal. Haveria uma engrenagem natural. Deixaria de usar a Barra Funda? Não. Colocaria a garotada menor possível na Barra Funda, até ajudando os pais deles. Isso é importantíssimo para o São Paulo.
O investimento em esportes olímpicos, como no time de basquete, vai continuar? E o futebol feminino?
– O meu concorrente disse que vai usar primeiro patrocínio, mas chegou no dia de aprovar o basquete, não tinha patrocínio, e aprovaram uma despesa grande. Eu não sou contra esportes olímpicos, pelo contrário, mas a partir do momento que eu trouxer um diretor de marketing ele vai atrás dos patrocínios. Antes de fazer um gasto você precisa ir atrás disso. Futebol feminino é uma obrigação que todos têm. Eu olharia com muito carinho, talvez até colocando na Barra Funda, falando por alto aqui, mas daria uma estrutura muito melhor para essas garotas. Mas sempre focado em um diretor de marketing com meritocracia, que chegaria em vários patrocínios para todas as áreas. Foca no patrocínio para depois buscar o esporte.
Como virar a eleição?
– Mostrando coerência e a incoerência do adversário. O Casares falou da Far East. Antes de Under Armour vir para o São Paulo, a Puma estava vindo, eu tinha levado. Por que a Puma não teve segmento? Quando o Carlos Miguel fechou com a Puma, ele colocou a famosa Cinira para ser intermediária. Eu falei ‘não, senhor’, o São Paulo não tem que ter intermediário. Aí acabaram com o pré-contrato que tinham assinado com a Puma. Isso aqui não pode ficar por debaixo do tapete, é gravíssimo. O São Paulo estava negociando diretamente. As minhas atitudes como dirigente do São Paulo, quando me acusaram, fui atrás para esclarecer. Já esse caso botaram debaixo do tapete. Não houve comissão e nem foi inocentado. Houve uma comissão que condenou, mas fizeram pizza.
– Como o São Paulo não teve prejuízo? Não teve um prejuízo maior porque vetamos. Se você trabalha e é devido, você vai abrir mão de 18 milhões? Ninguém abriria. Por uma mágica muito grande falam que o São Paulo não teve prejuízo, mas não teve porque vetamos. É como se alguém entrasse no banco com arma, mas a arma não atira. Quando ele chega fora do banco tá a polícia lá fora, mas o cara diz que não assaltou e não fez nada. É uma grande incompetência do Casares. Os conselheiros têm que olhar isso. Ele diz que vai abrir mão do salário dele como alto executivo. Ele ganha um alto salário, vai mudar para um salário pequeno. Acha isso correto? Não consigo acreditar nisso.
– Como você assina um contrato com uma empresa que você nem sabe quem é? Essa mesma empresa vendeu respiradores, agora na pandemia, e não entregou. Esse caso aqui, me desculpa, mas estou trabalhando bastante para mudar o São Paulo. Se entrarmos nesse sentido vão ser mais três anos com coisas nebulosas, falta de transparência. Aqui estou dizendo que ele foi incompetente, e ele é um grande executivo para ser incompetente. Eu tenho trabalhado, meu caminho é muito mais difícil e transparente. Não prometi cargo para ninguém, o Casares já loteou todos os cargos. O único meu foi para o Marco Aurélio Cunha. Comecei certo e vou terminar certo, com transparência e pessoas focadas em trabalhar para o São Paulo Futebol Clube. Na parte social vou usar pessoas que estão no dia a dia lá, que sempre administraram bem. Fico trabalhando focado em mudanças no São Paulo.
– Eu não tenho rabo preso com ninguém, não faço nada por baixo do tapete. Foi em 2013, mas não podemos fechar os olhos, os torcedores precisam saber disso. Meu trabalho é muito mais difícil, mas é prazeroso, eu quero trazer o São Paulo de volta.
Sobre a venda de ingressos e o sócio-torcedor
– Temos que sentar com a empresa que está trabalhando conosco hoje e entender a dificuldade, fazendo com que o são-paulino tenta o serviço que merece. Não tem cabimento não resolver essa situação. Com relação ao sócio-torcedor, temos que trazer planos atrativos para pessoas que moram longes, para elas se sentirem próximas. Fazer um plano para sócio-torcedor votar para presidente. Mas como? Trazendo empresas especializadas para entender o que o torcedor necessita. Hoje é banco de dados, a hora que você conhece o seu torcedor é o diferencial, isso que traz o patrocínio. Farei essa mudança, nosso foco é o torcedor.
Teve participação na época que a Total Acesso entrou no São Paulo?
– Sim, o Juvenal chamou para sentar com essa empresa. Sentando com eles fiz uma concorrência. Naquela época tínhamos credibilidade e ideias, eu cobrei dessa empresa e ela pagou. Ela começou bem. Hoje, se as pessoas não cobram, vai virando normal. Eu naquela época trouxe o dinheiro para o São Paulo. A empresa que estava devia, busquei esse dinheiro. Temos que entender os problemas e resolver
Considerações finais
– Torcedor, estou fazendo o máximo possível para termos essa mudança, para voltarmos a sorrir, trazer um São Paulo transparente e responsável. Eu quero pessoas trabalhando para o São Paulo, mas não vou desistir jamais. Eu sou um torcedor como você, mas tenho a oportunidade de fazer essa mudança. Sempre contem comigo para ter um São Paulo forte. É difícil combater a máquina, combater as pessoas que pensam nela só para ter o poder, mas eu não vou desistir jamais.
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