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No último sábado, Julio Casares foi eleito o novo presidente do São Paulo. Mesmo sem ter assumido a presidência do clube, coisa que só acontecerá em janeiro de 2021, o futuro mandatário já possui uma grande preocupação. Em entrevista exclusiva ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, no domingo, Casares contou como pretende diminuir a atual dívida do clube, que vem sendo um problema nos últimos anos.
“Esse é o grande desafio. O São Paulo tem uma dívida enorme, embora tenha um patrimônio e marca muito grandes. O que agrava bastante é que o São Paulo tem essa dívida desde antes da pandemia. Com a pandemia, ganhou ainda mais corpo. Nós precisamos fazer vários movimentos no clube, um deles é no aspecto financeiro. Nós vamos, a partir da transição, nomear o comitê financeiro, que vai sentar com os credores, fazer uma radiografia dessa dívida e estabelecer um realinhamento. Assim você começa a desafogar o dia a dia da folha de pagamento, dos tributos e responsabilidades. Com isso, vamos trabalhar para o São Paulo ter um time competitivo. Buscando conquistas e resultados, você atrai grandes investidores”, relatou.
Casares também falou que o São Paulo precisa voltar a ser confiável no meio financeiro. Para isso, o clube terá a chegada de executivos relevantes. O primeiro nome de impacto já garantido pelo novo presidente foi o de Muricy Ramalho. “O São Paulo precisa readquirir credibilidade. Nós iremos para o mercado com bons nomes. Teremos a vinda do Muricy para o futebol, depois teremos a de executivos para ajudar o São Paulo nessa demanda. Quando chegarmos ao mercado, será de forma diferente e com credibilidade, através de uma austeridade financeira e de uma política de meritocracia. O São Paulo tem que gastar com eficiência”, afirmou.
Por fim, Julio Casares ainda destacou o papel das categorias de base na tarefa de diminuir os débitos do clube do Morumbi. Através dos garotos, o novo presidente do São Paulo quer formar times competitivos para conquistar títulos, gerar investidores e, futuramente, um retorno financeiro.
“O São Paulo gastou muito no futebol, apresentou um investimento muito alto em contrapartida do resultado. Nós precisamos equilibrar o custo-benefício de cada jogador contratado e ter um olhar para a base que, para a nossa felicidade o Fernando (Diniz, atual técnico do São Paulo) está tendo. O Brenner era um jogador que estava completamente descartado, e hoje está no time, fazendo gols e supervalorizado. Assim como o Gabriel Sara, Igor Gomes, Diego Costa, Luan e Rodrigo Nestor, que vem subindo.
São grandes valores que nós dão a expectativa de que o São Paulo pode ter, num futuro próximo, um legado esportivo e, depois, um legado financeiro com essa garotada. Mas sem dúvida, a área financeira é a que nos preocupa e terá um trabalho muito presente de um comitê financeiro, de pessoas de dentro e fora do clube que já se comprometeram estar conosco nesse desafio”, concluiu.
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