GazetaEsportiva
O orçamento do São Paulo para 2021 foi apresentado ao Conselho Deliberativo na última quinta-feira. Em alguns pontos, as previsões são conservadoras. Em outros, arrojadas, como, por exemplo, a receita com a venda de atletas no ano que vem, prevista em R$ 176 milhões.
Sim, o valor é superior ao que foi previsto no orçamento para 2020, quando o São Paulo acreditava que poderia arrecadar R$ 137 milhões. A pandemia do novo coronavírus, que colocou a maioria dos clubes em situação financeira delicada, torna ainda mais difícil arrecadar R$ 176 milhões com a negociação de jogadores em 2021, mas a meta não é impossível.
Isso porque atualmente quatro dos 11 jogadores titulares do São Paulo são jovens revelados pelas categorias de base que vêm se valorizando cada vez mais ao passo que a equipe figura na liderança do Campeonato Brasileiro, com sete pontos à frente do segundo colocado, e na semifinal da Copa do Brasil.
Hoje, Luan, Igor Gomes, Gabriel Sara e Brenner são as crias de Cotia que não saem do time titular, mas o zagueiro Diego Costa também já esteve entre os 11 iniciais. Justamente por isso, a tendência é que o São Paulo consiga negociar alguns desses jovens atletas por valores altos para os padrões brasileiros em caso de sucesso nesta temporada.
O câmbio também ajuda. Com o real desvalorizado em relação às principais moedas estrangeiras, como o euro e o dólar, o São Paulo pode lucrar altas cifras que não são tão significativas para o clube comprador. Para se ter uma ideia, os R$ 176 milhões previstos com a venda de atletas equivalem a “somente” 28 milhões de euros.
No ano passado, Antony foi transferido ao Ajax por 16 milhões de euros, com outros seis milhões de euros a receber caso o atacante atinja as metas estabelecidas no contrato. Além disso, o São Paulo manteve 20% dos direitos econômicos do jogador, já visando uma negociação futura.
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