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Julio Gomes
O São Paulo foi – ou autoentitulou-se – soberano naqueles tempos de tri brasileiro, finais de Libertadores, etc. O último título brasileiro foi conquistado em 2008. O paulista, em 2005. O último título? A Sul-Americana de 2012. A fila vai crescendo. O torcedor está agoniado, sente-se humilhado, vê Palmeiras, Corinthians e Santos fazerem mais, muito mais. Eu sinceramente me questiono se os jogadores do São Paulo, ou pelo menos a maioria deles, entendem isso. Se conhecem o sentimento, se têm algum tipo de empatia.
Não é o que parece, quando assistimos a estas últimas partidas do Brasileiro. Neste domingo, no empate contra o Athletico, foi marcante a falta de intensidade, de pegada, de raiva, até. Caramba, não estamos na pré-temporada, apesar de ser janeiro. Nem na quinta rodada do campeonato. Não é hora de poupar energia ou algo do tipo. É a hora de dar tudo, a reta final de um campeonato que o São Paulo não vence há muito tempo. São jogos para serem vencidos na marra.
O São Paulo não está jogando bola e não está se matando para compensar, na garra, o que não está dando certo tática ou tecnicamente. A ausência de Luciano é emblemática. Além de artilheiro, é o jogador mais aguerrido do time. Está faltando o espírito de Luciano, não só os gols.
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