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Diretor executivo de futebol fala de goleada e vê discussão Tchê Tchê/Diniz foi superada.
Raí, diretor executivo de futebol do São Paulo, afirmou nesta quinta-feira, após a derrota por 5 a 1 para o Internacional, na última quarta, que o elenco não tem qualquer problema fora de campo. A sequência com três derrotas e um empate fez o Tricolor perder a liderança do Campeonato Brasileiro.
– Nenhum problema fora do campo, inclusive a gente vê nos treinamentos todas as alternativas que ele (Fernando Diniz) treina. A gente sabe que o time atingiu a primeira colocação, passou a ser um time muito estudado, e o Diniz continua dando várias alternativas. É dentro de campo, trabalho no dia a dia, vídeos, porque às vezes não dá tempo. Temos um jogo no sábado, temos tudo para recuperar. Temos confiança e capacidade para recuperar tudo que fizemos até aqui e voltar à liderança – afirmou Raí.
O dirigente afirmou também que a discussão entre Tchê Tchê e Fernando Diniz no jogo contra o Bragantino, primeiro de 2021, foi superada.
– Diniz e Tchê Tchê já é caso resolvido, se conhecem há muitos anos. O Diniz reconheceu, falou com ele, elenco, diretoria, explanou tudo. No dia a dia dá para ver que foi superado.
Raí durante entrevista no São Paulo — Foto: Reprodução
A goleada sofrida para o Internacional, a pior da história do São Paulo dentro do Morumbi, fez a pressão aumentar sobre Fernando Diniz. Tanto é que a diretoria se reuniu com o treinador na manhã desta quinta para uma conversa mais firme.
Segundo Raí, a troca de comando técnico não foi discutida, e o treinador tem todo o respaldo da diretoria. Esta não é a primeira vez que Diniz fica sob pressão no cargo em pouco mais de um ano
– Tanto na conversa depois do jogo e hoje de manhã, que a diretoria se reuniu com o Diniz, nem se tocou nesse assunto. A confiança é total, o foco é na recuperação, o que pode ser melhorado. Quando você tem uma queda de rendimento do nível que chegamos e tem a queda que teve, é difícil apontar uma razão apenas. Atingiu a confiança aquela derrota para o Grêmio, e é isso que temos que recuperar. Para isso é só trabalho, o que o Diniz sabe mais fazer com a comissão técnica. A confiança é total – afirmou o dirigente.
Raí e a diretoria são-paulina acreditam que essa equipe conseguiu passar por adversidades e alcançou alguns feitos, como a liderança isolado do Brasileirão por um longo período e a classificação á final da Copa do Brasil após eliminar o Flamengo.
Para tentar se reerguer no Brasileirão e na temporada, o Tricolor irá enfrentar o Coritiba, no próximo sábado, às 19h, no Morumbi. Houve cobrança nos jogadores e comissão técnica para que a postura seja diferente neste duelo.
Veja mais perguntas e respostas da entrevista:
Seria um lembrete bom para a comissão e jogadores uma cobrança para buscar alternativas para um time previsível? Como você viu a bronca de Diniz em Tchê Tchê?
Raí: –Começando pela segunda pergunta. Diniz e Tchê Tchê já é caso resolvido, se conhecem há muitos anos. O Diniz reconheceu, falou com ele, elenco, diretoria, explanou tudo. No dia a dia dá para ver que foi superado. Sobre a primeira, um clube como o São Paulo vai ser sempre cobrado, e ela vem de todos os níveis. O que temos de fazer a mais tem que ser decidido de forma interna, para acharmos o caminho da recuperação.
Fernando Diniz durante São Paulo x Internacional — Foto: Marcos Ribolli
O que leva a diretoria a acreditar que neste momento o Diniz vai conseguir fazer o São Paulo se recuperar?
– O São Paulo teve essas eliminações, em torneios sem chances de recuperação. E mesmo nesses torneios tivemos recuperações importantes, contra o Fortaleza lá e aqui, contra o Flamengo, que ganhamos lá no Maracanã e classificamos aqui com certa facilidade. Temos sete jogos pela frente, tudo para recuperar. O que faz a gente acreditar é que já tivemos momentos muito complicados, como esse, reconhecemos que foi um golpe muito duro, não preciso repetir aqui, mas foram nestes momentos que reagimos melhor. Agora é reta final, tem que ter a reação e segurara até o final, nesse tiro curto, até o final do Brasileiro.
O que precisa ser passado aos atletas neste momento?
– Pela minha experiência dentro de campo, obviamente existe a cobrança, mas a cobrança tem que ser em todos os pontos. Temos que melhorar tudo. O que a gente vai fazer aqui de cobrança, de que maneira será feita, isso decidimos internamente. Neste momento temos que pensar em todos os detalhes, é muito difícil apontar um ponto. Nosso time foi muito agrupado, não fora de campo, perto, ganhando rebote, bola espirrada, e isso, de alguma forma, diversos motivos, acabamos perdendo isso, essa unidade em campo. Isso que o Diniz busca no dia a dia, a cada palestra, vídeo, e aí os jogadores precisam recuperara a confiança que foi perdida. Os jogadores cada vez mais juntos têm cada vez mais chances de recuperar essa confiança, que é muita coisa no futebol. Estamos todos muito juntos para buscar essa recuperação.
A experiência de 2018 com a demissão do Aguirre serviu de exemplo para não demitir o Diniz?
– Já assumi que pode ter sido um erro ali, são momentos diferentes, profissionais diferentes e já assumi que foi um erro. São situações diferentes e que a gente aprende. Tudo que o Diniz fez até, neste um ano e meio, faz com que a gente acredita na volta por cima.
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