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A emboscada ao ônibus do São Paulo, no último sábado (23), deixou muito mais do que marcas no veículo. O vandalismo espalhou nervosismo, desconfiança e insegurança pelo clube. Os efeitos do ataque puderam ser sentidos já no desembarque da delegação com evidente e justificável nervosismo por parte dos jogadores. Tiago Volpi era um dos mais nervosos.
A partir daí começou uma onda de desconfiança, com atletas suspeitando que alguém do clube teria dado detalhes do trajeto da equipe até o Morumbi aos responsáveis pela emboscada. Por outro lado, há entre membros da atual gestão a desconfiança de que atletas foram “envenenados” por pessoas interessadas em prejudicar determinados colaboradores, acusando-os, sem provas, de facilitar a emboscada.
Apesar da falta de elementos e da gravidade das acusações, nomes foram divulgados em redes sociais aumentando o clima de insegurança. Este colunista ouviu o relato de uma pessoa que teve seu nome sem provas envolvido no episódio e que reclama que seus familiares têm recebido mensagens ofensivas pelas redes sociais. O mesmo personagem conta que recebe o apoio de jogadores numa demonstração de que o assunto está vivo no vestiário.
Por sua vez, a diretoria é cobrada por torcedores para tomar atitudes, apesar de a investigação policial estar no início. O posicionamento da direção é de apoiar e colaborar com o trabalho da polícia, sem se basear em acusações sem provas. Há a suspeita de que o ataque esteja sendo usado por algumas pessoas para minar desafetos. Ao mesmo tempo, existe o sentimento de que há pontos no episódio que precisam ser esclarecidos, mas isso é com a polícia.
Nesse cenário, impedir o derretimento do ex-líder no Brasileirão se tornou uma missão ainda mais difícil. A diretoria ganhou outra árdua tarefa: aliviar o clima pesado provocado na Barra Funda pela emboscada e identificar eventuais jogadores abalados emocionalmente.
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