Bauza aponta São Paulo sem contundência e dominante em clássico com derrota

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UOL

Dassler Marques

O treinador Edgardo Bauza analisou a derrota do São Paulo para o Palmeiras, neste domingo, sob um ponto de vista positivo. Apesar do revés de 2 a 0 e da possibilidade de deixar a zona de classificação do Campeonato Paulista, o argentino tentou manter a tranquilidade.

“Alguns jogos fomos melhores e não ganharam, foram diferentes. O problema maior foi a falta de contundência. O domínio tivemos, faltou converter. Creio que a falta de gols nos impediu de ganhar. Chegamos, perdemos gols. Tivemos uma atitude boa, defensivamente trabalhamos muito, nos organizamos. Nos falta melhorar na frente”, comentou Bauza.

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“Acredito que, dentro das possibilidades, estávamos bem. Principalmente no primeiro tempo, quando tivemos o controle do jogo. Salvo os últimos dez minutos, quando Palmeiras chegou. No segundo, estava tudo igual. Com as mesmas características, contra-ataque muda tudo. Deu a chance ao Palmeiras de jogar mais atrás”, acrescentou.

No Pacaembu, o São Paulo foi muito melhor no primeiro tempo e fez um jogo equilibrado nos 45 minutos finais. Bauza tentou aumentar o ímpeto da equipe com as entradas de PH Ganso, Calleri e Centurión, mas o efeito foi reverso. O Palmeiras se agrupou melhor, conteve os são-paulinos e matou o jogo no contragolpe, com Dudu. Já com o rival cabisbaixo, Robinho fechou a contagem.

Bauza se lembrou que há pouco tempo para correções de uma equipe que não engrena em 2016. O elenco se reapresenta na manhã de segunda-feira e viaja à Venezuela para encarar o Trujillanos na quarta-feira.

“Não temos tempo. Estamos nos acostumando a falar com o atleta, mostrar vídeos, ocupar o pouco tempo que temos, aproveitar. Em campo, que é o que queria ter, não tenho”, disse.

Ainda em sua análise, ele se mostrou insatisfeito com a atuação de Rogério, de volta à ponta. Por outro lado, elogiou Daniel e João Schmidt, que iniciaram o clássico.

“Rogério jogou em uma posição onde creio que toda a torcida acredita que joga bem. Para mim, ele joga muito melhor ao meio. Eu já disse. Hoje, por uma questão de necessidade, tivemos que colocá-lo nessa posição onde ele conhece e não foi um grande jogo. Vamos ver se coloco na posição onde acho que ele pode ser útil”, comentou.

“Schmidt fez um muito bom primeiro tempo. Eu depois o vi cansado, e creio que a falta de ritmo complicou um pouco seu jogo. Um pouco parecido a Daniel, que fez um bom trabalho, marcou, tratou de ser o meio ofensivo que pedimos”.