ESPN.com.br
Diego Garcia e Rafael Valente,
O São Paulo enfrentou uma verdadeira maratona para chegar à Venezuela, onde encara o Trujillanos nesta quarta-feira, em duelo crucial para os planos da equipe na Copa Libertadores. E um imbróglio com um patrocinador pode ter sido o principal motivo para o desgaste do elenco rumo ao local da partida.
Conforme apurou o ESPN.com.br, o São Paulo já tinha fretado um voo com a Gol com destino à Venezuela, de olho no confronto decisivo. Inclusive, o time tricolor já tinha autorizações da ANAC e também do governo venezuelano para realizar esse voo.
O que ocorreu, entretanto, foi que a Copa Airlines não gostou, entrou na programação e fez com que o São Paulo cancelasse o voo com a Gol e optasse pela empresa panamenha, que patrocina o clube há alguns meses.
Em contrapartida, a Copa não faz esse trajeto para a Venezuela e não obteve autorização das autoridades da Venezuela para levar o São Paulo diretamente ao país – conforme já havia noticias a reportagem, isso ocorreu por causa de uma dívida do governo venezuelano com a companhia panamenha.
De acordo com as fontes ouvidas, para aceitar o voo da Copa Airlines, as autoridades venezuelanas propuseram renegociar o valor da dívida, algo que não foi aceito pela companhia, que é a segunda empresa nacional de maior faturamento no Panamá, atrás apenas do Canal do Panamá. A Copa Airlines nega as informações.
Em nota enviada ao ESPN.com.br, o São Paulo também rebate.
“Embora tenha realizado cotações com algumas empresas, o São Paulo não formalizou contrato com qualquer serviço de fretamento para a Venezuela. As dificuldades burocráticas, somadas à impossibilidade de garantir plenamente o alinhamento de todos os aspectos referentes ao voo – de forma a evitar problemas como os relatados pela delegação do River Plate -, levaram o clube a optar pela segurança e confiabilidade de um voo comercial da Copa Airlines. A logística, embora mais longa, oferece maior segurança e certeza ao itinerário da delegação”, diz o clube via assessoria de imprensa.
O São Paulo deixou o centro de treinamento da Barra Funda às 10h (de Brasília) de segunda e embarcou no aeroporto de Guarulhos por volta das 13h. A delegação chegará a Cidade do Panamá já no final da tarde – são cerca de 6h30 de viagem e o país caribenho tem duas horas a menos do que Brasília. Os jogadores jantaram no país e só foram para a Venezuela à noite com destino a Maracaibo, chegando de madrugada. Na manhã de terça, se dividiu em dois voos e foi para Varela, já que o aeroporto da cidade é pequeno e não comporta aeronaves de grande porte.
O clube brasileiro enfrenta o Trujillanos no estádio José Alberto Pérez. Em casa, o time venezuelano foi goleado por 4 a 0 pelo River Plate (ARG), na estreia da Libertadores.
