UOL
birner
“Estou insatisfeito e assim não pode continuar”, falou Leco, nitidamente irritado com o futebol o time, em breve diálogo que tivemos ontem.
“Tenho prestado muita atenção para identificar os problemas”. “Tenho que apurar quais são e tomarei medidas rapidamente”, afirmou.
Questionei quais, e quando [elenco, direção, trenador….].
Ele não quis contar, pois creio que ainda há algumas dúvidas, e citou que precisa ser breve porque no máximo no meio do ano esses entraves”não podem existir mais”.
Notei que, errando ou acertando, fará alguma alteração profunda, pois não pretende permanecer inerte diante das oscilações e solidariedade insuficiente dentro do gramado.
Meu palpite embasado
O elenco do São Paulo é fragmentado em três grupos de jogadores.
Os incomodados com desempenho do time, os insatisfação com a gestão, e os que ‘pmdbizam’ porque dependendo do momento escolhem qual lado preferem.
Esse ambiente é herança da gestões anteriores, principalmente da última que arrebentou o clube. Não tenho ideia como unir esses funcionários rapidamente.
Leva tempo e, pelo que ficou óbvio nas entrelinhas do papo com o presidente, não pretende esperar.
Ataíde Gil Guerrero é o único cartola que permaneceu em quase toda gestão anterior. Gustavo Vieira de Oliveira ficou menos. Acho que existe considerável possibilidade de o vice-presidente de futebol ser trocado, e alguma de o gerente executivo receber o bilhete azul. Outras mexidas que podem ter impacto no ambiente do CT da Barra Funda são inócuas no curto prazo e Leco tem pressa.
Não creio que mexerá com o treinador. Afastar alguns jogadores antes da janela de transferências, consequentemente promover atletas da base e aumentar a possibilidade de ter resultados insuficientes na atual temporada, é improvável.
Ano que vem tem eleição. Leco, que parece realmente mais preocupado com a instituição que consigo, algo incomum no Conselho da agremiação, quer ganhar o pleito contra o candidato provavelmente apoiado por Carlos Miguel Aidar.
Os resultados do time são importantes para isso e à satisfação do presidente como torcedor. O São Paulo após décadas não tem o conselheiro forte politicamente para garantir favoritismo de qualquer postulante ao principal cardo diretivo da instituição.