São Paulo gasta R$ 2,5 milhões por mês com reforços, mas reduz folha em 3%

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UOL

Thiago Fernandes

O São Paulo acertou a contratação de seis reforços no mercado da bola — Miranda, Luis Orejuela, William, Martín Benítez, Bruno Rodrigues e Eder chegaram ao Morumbi. O gasto com o grupo, entre salários, direitos de imagem e luvas, é de aproximadamente R$ 2,5 milhões por mês. Entretanto, mesmo com o valor, a diretoria reduziu a folha salarial em 3% a partir de abril. A base de comparação é o gasto da temporada passada, quando arcava com R$ 16 milhões mensais para manter o elenco.

A ligeira queda nos valores gastos mensalmente são graças às saídas de atletas que estavam fora dos planos da comissão técnica de Hernán Crespo. Ao menos oito nomes foram liberadores ou negociados com outros clubes — Jean, Juanfran, Hudson, Tchê Tchê, Jonas Toró, Tréllez, Gabriel Novaes e Gonzalo Carneiro deixaram o CT da Barra Funda e aliviaram os cofres.

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Os jogadores que saíram custavam mensalmente R$ 4,4 milhões ao clube. Somente o espanhol Juanfran recebia mais de R$ 1 milhão por mês. O Tricolor paulista paga parte dos salários de alguns jogadores que deixaram o Morumbi, mas ainda assim conseguiu uma economia de 3% no resultado das negociações.

A redução não é, entretanto, considerada suficiente: o São Paulo quer diminuir mais o gasto com a folha salarial no decorrer de 2021, para fechar as contas no azul. O objetivo é uma redução de 5% até o fim do ano, número considerado adequado para equilibrar as finanças. Hoje, a dívida do clube é de R$ 580 milhões, e a diretoria ainda precisa quitar pendências passadas a partir desta temporada.

O primeiro mês da temporada 2021 (março) foi marcado por um aumento de gastos com a folha salarial. O São Paulo chegou a pagar 4% a mais por mês, conforme revelado pelo UOL Esporte, por causa das novas incorporações no elenco comandado por Crespo. O planejamento era que esse valor fosse reduzido ao longo do tempo após algumas saídas. O departamento de futebol colocou o trabalho em prática a partir de abril, quando alguns atletas foram negociados.

Os gastos no futebol também foram compensados em outros setores do São Paulo. O presidente Julio Casares diz que o clube reduziu 10% das despesas gerais do clube em 2020. “O São Paulo teve que trabalhar olhando para o campo e de forma técnica. Conversamos e propusemos algo aos credores. Algumas dívidas quitamos, até pelo caráter emergencial. Logo no primeiro trimestre, acertamos uma diminuição de custos de 10% das nossas despesas. Isso é importante, porque desafoga o produto fim, que é o futebol”, afirmou em entrevista coletiva na tarde de ontem (30).

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