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Hernán Crespo caiu nas graças da torcida do São Paulo. O treinador argentino assumiu o cargo nesta temporada e o time conseguiu bons resultados: obteve a melhor campanha da primeira fase do Campeonato Paulista e está com a classificação bem encaminhada para as oitavas de final da Libertadores após o empate por 1 a 1 com o Rentistas nesta quarta-feira (12). No Fim de Papo, live pós-rodada do UOL Esporte – com os jornalistas Isabella Ayami, Renato Maurício Prado, Rodrigo Mattos e Rodolfo Rodrigues – o trabalho de Crespo foi elogiado, a ponto de Renato apontá-lo como o melhor estrangeiro em ação no país no momento.
“Gosto muito do início de trabalho do Crespo. Mudou a cara do São Paulo, que tem um padrão de jogo definido. A ideia de três zagueiros não tem nada de defensiva. Ele parece ser um cara inteligente. Acho que está em um bom caminho e vai fazer um bom Brasileiro. Ele é o melhor técnico estrangeiro no Brasil no momento”, comentou o colunista, que ainda fez uma comparação com Abel Ferreira, técnico do Palmeiras: “Abel é bom técnico, mas tem um quê de retranqueiro.”
Rodrigues também fez uma análise positiva do início do trabalho de Crespo no clube do Morumbi. “Ele é uma estrela do futebol mundial e chegou com ideias boas. Colocou o time com três zagueiros e deu uma acertada. Pôs Daniel Alves na ala direita. Deu espaço bom para Rodrigo Nestor e Galeano. Voltou com o Liziero. O Crespo tem feito boas escolhas e o time tem rendido bastante, com bom padrão de jogo. Só perdeu uma partida”, disse, citando o revés por 2 a 1 para o Grêmio Novorizontino pelo Paulistão.
Mattos concorda com os dois colunistas. “Ele chegou como alguém promissor e fez um bom trabalho no Defesa y Justicia. Pensa coisas interessantes e terá muita coisa para acrescentar. E o time dele é bem armado e em pouco tempo. Faz uma pressão lá na frente bem feita, com todas as linhas ajeitadas”, avaliou. O principal mérito de Crespo, na visão de Renato, foi mudar o posicionamento de Daniel Alves. “Diniz era refém do Daniel Alves, que jogava onde queria e não era substituído nunca. Crespo o convenceu a voltar à ala direita e o rendimento aumentou brutalmente. Quando acha necessário, ele o substitui”, observou.
A evolução do São Paulo e de Daniel Alves, para Mattos, passou por esta mudança. “No meio-campo, Daniel Alves era um jogador que não sabia fazer aquilo ali. Fazia passes burocráticos. O jogo passava por ele, mas era lento. Armar pela lateral é o métier dele. Consegue atacar de frente. Essa posição que ele achou é perfeita”, disse.