GloboEsporte
José Edgar de Matos
Destaque em 2020, atacante deve voltar para a decisão com função de ser protagonista por título.
Luciano trabalhou com bola na sexta-feira e ressurge como candidato a protagonista do São Paulo para a decisão do Campeonato Paulista. No domingo, a partir das 16h (de Brasília), no Morumbi, diante do arquirrival Palmeiras, o atacante tem a chance de se consagrar de vez pelo clube tricolor, que está a uma vitória de ser campeão e quebrar um jejum de quase nove anos sem troféus.
Ao observar um passado recente do São Paulo, inegavelmente Luciano surge com papel de protagonista, especialmente pela temporada 2020 goleadora sob o comando de Fernando Diniz. Em outra ótica, porém, o atacante vem enfrentando um vai e vem de lesões que prejudicou a regularidade do jogador com a camisa tricolor.
Recuperado e disponível após trabalhar com bola normalmente na sexta, Luciano, desfalque no empate por 0 a 0 de ida, tem a chance de retomar o papel de protagonista logo no momento mais importante da temporada até agora: o confronto da volta da decisão do Paulistão contra o rival Palmeiras.
Como foi o último dia de São Paulo e Palmeiras antes da decisão
O São Paulo, inclusive, deve ir a campo sem Daniel Alves e Benítez, duas figuras fundamentais, o que aumenta o peso da importância de Luciano; afinal, a vitória simples dá o título ao Tricolor. Portanto, há uma motivação extra do lado do atacante para o jogo de domingo, diante do contexto recente de lesões que atrapalharam o rendimento.
Luciano ainda não foi o grande protagonista do São Paulo sob o comando de Crespo — Foto: Staff Images / CONMEBOL
Desde o confronto de volta pela semifinal da Copa do Brasil, quando Luciano ficou fora por uma inflamação na perna, o São Paulo entrou em campo 31 vezes por Brasileirão (temporada 2020), Paulistão e Libertadores (2021).
O atacante esteve em 21 dessas partidas e anotou nove gols, três deles sob o comando de Hernán Crespo na atual temporada. Luciano foi às redes contra Inter de Limeira, Corinthians e recentemente contra o Mirassol, pela semifinal do estadual.
A inflamação na perna tirou Luciano do decisivo duelo contra o Grêmio, que passou pelo São Paulo e foi finalista da Copa do Brasil, e por quase um mês. O retorno do atacante ocorreu no fim de janeiro, na fatídica derrota por 5 a 1 para o Internacional, no Morumbi.
Luciano sofreu um estiramento contra o Racing, na Argentina — Foto: Staff images /CONMEBOL
O atacante embalou no retorno e atuou nas oito rodadas restantes de Brasileirão. Porém, com o reinício praticamente contínuo do futebol para a temporada 2021, Luciano voltou a enfrentar um vai e volta por questões físicas e ainda não repetiu o mesmo papel de protagonista de 2020 sob o comando de Crespo.
Após atuar nas quatro primeiras partidas pelo Paulistão, Luciano enfrentou problemas pessoais e acabou fora do duelo contra o São Caetano, que marcou o retorno do futebol após praticamente um mês de paralisação, em virtude do crescimento de casos e mortes de Covid-19 no estado.
Luciano engatou nova sequência diante de Bragantino, Palmeiras, Sporting Cristal e Rentistas, partidas na qual Crespo levou a campo os titulares são-paulinos. O camisa 11 ainda entrou em campo e evitou a derrota no clássico contra o Corinthians, anotando gol de pênalti.
Gol do São Paulo! Luciano cobra pênalti no alto e empata aos 50 do 2º tempo
A cobrança certeira contra o arquirrival alvinegro gerou confiança e trouxe novamente o papel de protagonista para o atacante, mas novamente os problemas físicos traíram Luciano. No jogo seguinte, contra o Racing, na Argentina, um estiramento na coxa esquerda voltou a tirar o jogador de ação.
Foram 11 dias até a volta por 27 minutos contra o Mirassol. O gol na semifinal (veja acima) novamente serviu como um alento, ainda mais pela presença novamente na derrota por 1 a 0 sobre o Racing, quando reservas começaram a partida no Morumbi.
Contudo, dores musculares voltaram a incomodar, e Luciano perdeu a primeira metade da final. O trabalho foi direcionado para ter o jogador em condições completas para domingo, diante da possibilidade de o grande nome do ataque são-paulino em 2020 entrar para a história como personagem do fim da fila de quase nove anos.
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