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Tricolor foi o único clube da Série A que não deu folga aos seus jogadores entre uma temporada e outra.
O São Paulo tenta apressar o diagnóstico de sua crise, antes da viagem a Fortaleza, para enfrentar o Ceará, neste domingo. Está claro o desgaste causado pelo Campeonato Paulista, como o próprio treinador Hernán Crespo confirmou depois da derrota para o Santos. Não se trata apenas do cansaço de ter tentado vencer o estadual, mas de ter disputado partidas a cada 48 horas.
Há outras questões que fazem parte da tentativa de recuperação. No vestiário, os números indicam que os jogadores do São Paulo nunca correram tanto desde que Crespo chegou. Mas correm errado. O entendimento é de que não era para marcar individualmente o campo inteiro contra o Santos, como aconteceu.
A ideia era, sim, marcar homem a homem. Mas não com perseguições tão longas, como Diego Costa fez com Marcos Guilherme, por exemplo. O desgaste aumenta.
Hernán Crespo em partida do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli
Entende-se também que Crespo ainda não percebeu, completamente, a diferença de dificuldade entre os jogos do Campeonato Brasileiro, do Paulistão e da Copa do Brasil. A viagem para Teresina, contra o 4 de Julho, mostrou isso. O treinador chegou ao estádio Albertão de terno e, aos dez minutos, já estava em mangas de camisa.
Esta não é uma dificuldade exclusivamente dele. Muitos treinadores que chegam ao Brasil demoram para perceber que a tabela não dá folga. Uma coisa é jogar na Itália, numa semana contra o Milan, noutra contra o Genoa. Outra é enfrentar o Santos numa semana e viajar ao Ceará na outra. Tanto pela dificuldade técnica, quanto pelas mudanças climáticas e pelas longas distâncias.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Há conversas todos os dias e tenta-se resolver a questão da adaptação, evidentemente um problema menos grave do que do desgaste físico. Também menor do que o entendimento tático. Já houve maior compreensão do que Crespo deseja durante o estadual. A dificuldade agora é marcar por pressão, como o treinador quer, com as pernas obedecendo menos do que no início da temporada.
Não é simples a solução, mas é preciso que seja rápida.
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