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Tales Torraga
Em março, na final da Supercopa Argentina, o Racing foi atropelado pelo River Plate com um louco 5 a 0. Em junho, na decisão do Argentino, novo baile: 3 a 0 para o Colón. É com este duro retrospecto em momentos decisivos que o Racing tenta eliminar o São Paulo da Libertadores às 21h30 de hoje (20) no Cilindro de Avellaneda, um dos templos do futebol sul-americano. (Enquanto muitos dizem que o Boca perde terrivelmente sem seu público na Bombonera, quem acompanha o futebol argentino em detalhes sabe que o Racing perde tanto ou até mais com suas históricas arquibancadas vazias.)
Embora o Racing internamente considere a classificação de hoje “acessível”, a sensação geral entre os torcedores da Academia e da imprensa que cobre a rotina do clube é que este elenco ainda tem muito o que demonstrar nos momentos decisivos – e os dois exemplos já citados não são os únicos. Mesmo a classificação do Racing para a decisão do último torneio argentino veio com a equipe sofrendo barbaridades para atingir a final.
Tanto a semifinal (contra o Boca) como o confronto de quartas de final (ante o Vélez) foram superadas apenas depois de dois trancados 0 a 0 no tempo normal. Ou seja: nas partidas decisivas neste ciclo do técnico Juan Antonio Pizzi, o Racing sequer fez gol – e sofreu oito (cinco do River e três do Colón). O time será igual ao da semana passada. Gabriel Arias, o “goleiro de outro mundo”, segue como a grande esperança de classificação (o 0 a 0 seria suficiente para o Racing avançar, e Arias é também excelente nos pênaltis que viriam depois de um eventual 1 a 1). Juan Cáceres, Leonardo Sigali, Nery Domínguez e Eugenio Mena compõem uma defesa que mescla atuações sólidas e erros vergonhosos (não nesta Libertadores, verdade).
O meio-campo terá Mauricio Martínez; Leonel Miranda, Aníbal Moreno e “Nacho” Piatti. O setor é bastante questionado tanto pela incapacidade defensiva como pela escassa saída de bola. Tomás Chancalay e Enzo Copetti formam a dupla de ataque, e são muitos os que pedem por Darío Cvitanich ou Licha López no lugar de Chancalay, cuja técnica seria mais útil na armação que na definição.
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