Sem plano C após frustrações com Calleri e Benedetto, São Paulo tem carência para resolver no ataque

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GloboEsporte

Eduardo Rodrigues 

Para piorar, no Brasil maioria dos jogadores da Série A já completou sete jogos por outros times.

Após não chegar a um acordo financeiro com Jonathan Calleri e Dario Benedetto, o São Paulo não tem um plano C no mercado para a posição de centroavante.

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Um jogador para a função é um desejo de Hernán Crespo, que tem atualmente apenas Pablo com essas características. Vitor Bueno passou a jogar na posição, mas com pouco destaque nas vezes em que foi acionado.

Com isso, o São Paulo não deve conseguir um centroavante para a disputa das quartas de final da Libertadores, diante do Palmeiras. O primeiro jogo está marcado para o próximo dia 10. Era uma vontade da diretoria fechar com um jogador da posição até esta data.

Benedetto comemora gol sobre o Monaco — Foto: YANN COATSALIOU / AFP

Benedetto comemora gol sobre o Monaco — Foto: YANN COATSALIOU / AFP

O clube do Morumbi esbarra na questão financeira nessas negociações. Com uma dívida de R$ 600 milhões e com altos investimentos já feitos para esta temporada, como Emiliano Rigoni, Orejuela e Benítez, o Tricolor não quer fazer loucuras para não comprometer ainda mais o orçamento.

Por conta disso, a contratação de um jogador estrangeiro nesse momento se torna pouco viável. Isso porque geralmente os clubes sul-americanos pedem valores em dólares e endurecem as conversas por achar que o jogador procurado tem mercado na Europa.

São Paulo desiste de Benedetto. Entenda como foi a negociação

São Paulo desiste de Benedetto. Entenda como foi a negociação

Antes de tentar Calleri e Benedetto, o São Paulo foi atrás da situação de Borré, até então no River Plate e também desejado por outros clubes brasileiros. As altas cifras impediram qualquer início de uma negociação. Ignácio Ramirez, do Liverpool, do Uruguai, teve situação semelhante.

No mercado brasileiro haveria a possibilidade de negociar atletas mais baratos, mas a escassez de bons centroavantes – no entendimento da diretoria – dificulta o processo.

O mercado nacional ficou ainda mais restrito no último mês, quando a maior parte dos jogadores da Série A completou sete jogos no Brasileiro, número que os impede de atuar por outro time no torneio.

O São Paulo contratou jogadores para o ataque nesta temporada. Bruno Rodrigues, que já deixou o clube, Rigoni e Eder chegaram, mas só o último atua na posição que Crespo vê como carente.

Calleri em ação pelo Osasuna, da Espanha — Foto: Getty Images

Calleri em ação pelo Osasuna, da Espanha — Foto: Getty Images

Eder, porém, tem sofrido com lesões e esteve em campo em só 20 dos 39 jogos do time até agora. Ele jogou no Jiangsu Suning, da China, até o ano passado e foi contratado sem custo de transferência para o São Paulo.

Sem esse plano C, Hernán Crespo deverá se contentar com o que tem no elenco neste momento. Para o ataque, o treinador tem Pablo, Vitor Bueno, Marquinhos, Eder, Rigoni, Rojas, Luciano e Galeano.

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