15 anos do Dia Sem Fim

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Tinga

Com Augusto Zaupa Às 23h26 daquela quarta-feira de 16 de agosto de 2006 tudo parou. Foi como se os gritos dos 57.554 torcedores presentes no estádio Beira-Rio fossem silenciados num estalar de dedos. Ali, aos 21 minutos do segundo tempo, eu faria o segundo gol do Internacional sobre o São Paulo, naquela final que nos colocaria na história do colorado como o grupo que conquistou a sua primeira Copa Libertadores da América. Hoje, 15 anos depois, me recordo deste Dia Sem Fim.

Este 16 ade agosto de 2006 foi como uma libertação para mim. Por mais que eu já tivesse ganho alguns títulos na minha carreira, ter sido protagonista neste feito tão importante do Inter, clube que sempre torci desde piá, é de uma alegria surreal. Foi um dia de muita angústia e sofrimento, mas foi o dia em que tudo mudou.

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Buscávamos o que sempre almejávamos e víamos no rival Grêmio, que era o título da Libertadores. Eu cresci escutando que o Inter não tinha nada a nível internacional, mesmo levando esta alcunha em seu nome, o que era motivo de chacota em todos os cantos do Rio Grande do Sul. Eu vivi isso até internamente, pois iniciei a minha carreira no Tricolor gaúcho, que via naquela época Palmeiras, Boca Juniors e River Plate como os seus grandes rivais na América, enquanto o Inter era apenas o adversário do Gauchão.

Aquela quarta-feira se tornou um marco, tanto que a torcida colorada apelidou como o Dia Sem Fim e sempre recorda desta data com muito carinho todos os anos. Já escrevi aqui que me senti como se fosse um torcedor fazendo um gol naquela decisão com o São Paulo.

Tinga corre para comemorar o segundo gol do Inter sobre o São Paulo na final da Libertadores de 2006 - Chico Sisto / Internacional - Chico Sisto / Internacional

A minha vida sofreu inúmeras mudanças, tanto profissional como pessoal. Torcedores de vários clubes, não só do Inter, reconhecem este feito e têm carinho por mim. São poucos os jogadores (ou ex-jogadores) que podem bater no peito e dizer com orgulho que já conquistaram a Libertadores.

Para celebrar este dia antológico, que até hoje é mencionado nos cantos entoados da torcida colorada, organizei junto com a diretoria do Inter alguns eventos para esta segunda-feira (16). Entre eles, vamos promover uma live especial no site www.diasemfim.com.br, diretamente do vestiário do Beira-Rio, que vai começar às 21h45, ou seja, exatamente no mesmo horário em que o juiz argentino Horacio Elizondo apitou o início daquela inesquecível final. Será uma oportunidade para a torcida conhecer histórias inéditas da decisão.

Antes, logo cedo, vamos fazer um café da manhã com alguns torcedores que estavam no mesmo hotel onde ficamos concentrados em Porto Alegre para a segunda partida com o São Paulo. Depois, teremos um almoço com jogadores e comissão técnica daquele Inter de 2006. Vamos promover várias lives no meu Instagram e nos perfis oficiais deste que é o Clube do Povo.

Camiseta comemorativa do Inter pelos 15 anos da conquista da Copa Libertadores de 2006 - Divulgação - Divulgação

Além de reviver este Dia Sem Fim, vamos apresentar uma camisa oficial e exclusiva, feita especialmente para celebrar os 15 anos da conquista da América. A venda será realizada apenas ao longo da live desta noite, não haverá comercialização em nenhum outro local.

Mas, na verdade, já dei o pontapé inicial das celebrações na segunda-feira passada, dia 9, data do confronto no Morumbi, quando ganhamos por 2 a 1. Publiquei um vídeo com um relato do Rafael Sobis, protagonista do duelo na capital paulista ao fazer os dois gols do Inter. Costumo dizer que este cara, este amigo, é o único bicampeão da América que fez gols em duas finais distintas, em 2006 e 2010, mas isto é uma outra história.

Convido vocês para reviver hoje junto conosco este Dia Sem Fim!

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