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Thiago Braga
Atual campeão da Copa Libertadores, time com a maior série invicta como visitante no maior torneio da América do Sul, campeão da Copa do Brasil… O que não falta para o Palmeiras de Abel Ferreira são títulos e recordes. Só que quando entrar no gramado sintético do Allianz Parque na noite desta terça-feira (17) na busca por uma vaga na semifinal do torneio continental, o Verdão terá pela frente seu rival mais indigesto na história da competição. Além disso, terá de reverter a escrita de não conseguir se classificar em mata-mata após ter vantagem no primeiro confronto contra o São Paulo.
Essa é a terceira vez que o Palmeiras vai para o segundo confronto do mata-mata com vantagem contra o São Paulo. A primeira foi no Campeonato Paulista de 1987. Após um empate sem gols no jogo de ida, o Verdão jogava pelo empate no tempo normal e na prorrogação para ir à final contra o Corinthians. O jogo da volta é emblemático para o futebol paulista. O São Paulo venceu por 3 a 1, com gols de Müller e Neto, em um frango histórico de Zetti, então goleiro palmeirense, antes de se tornar ídolo tricolor. Na final, o São Paulo bateu o Corinthians e foi campeão paulista.
No Rio-São Paulo de 1998, outra vez um Choque-Rei decidiu quem seria o finalista da competição. O Palmeiras venceu o primeiro jogo por 2 a 1 e jogava pelo empate na partida decisiva, que foi vencida pelo Tricolor por 1 a 0. Nos pênaltis, o São Paulo fez 3 a 2 e eliminou o rival. Na final, os paulistas foram batidos pelo Botafogo, que ficou com o título. Quando o assunto é Libertadores, o retrospecto do Palmeiras contra o São Paulo está longe do ideal. Em nove jogos, o Verdão nunca venceu: são três empates e seis derrotas, com cinco gols a favor e 13 sofridos.
A vantagem para esta edição específica é que o Palmeiras não precisa ganhar do São Paulo para avançar à semifinal. Um empate sem gols classifica o Verdão. E a repetição do 1 a 1 ocorrido no Morumbi na semana passada leva a decisão para os pênaltis. Além disso, o retrospecto do Palmeiras contra o São Paulo no Allianz Parque mostra larga vantagem para os donos da casa. Em 12 jogos, são oito vitórias, dois empates e apenas duas derrotas. O Verdão fez 24 gols e sofreu só sete. O que faz do São Paulo a maior vítima do Palmeiras no estádio, após a reforma e reinauguração de 2014.
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