GazetaEsportiva
O São Paulo encara o acordo com Daniel Alves pela rescisão do seu contrato como uma economia. Mas, embora tenha se livrado de boa parte do que teria que pagar ao jogador até o fim do seu vínculo, válido até dezembro de 2022, o São Paulo agora tem uma dívida de R$ 400 mil mensais pelos próximos cinco anos com o jogador, mas não só elas. O clube inicia o próximo ano tendo de faturar alto para arcar com todos os seus compromissos.
A partir de 2022 o São Paulo começará a pagar o que deve a Hernanes pela rescisão de seu contrato. Além de ter direito à parte do que iria receber até o fim do vínculo, válido até o fim de 2021, o Profeta também tem de embolsar a parte do salário que foi cortada devido à crise causada pela pandemia da covid-19.
A segunda parcela da compra de Orejuela também bate à porta. O São Paulo combinou de pagar o Cruzeiro pelo jogador em duas parcelas de 1 milhão de euros (R$ 6,2 milhões). A segunda tem de ser paga em 2022, e o colombiano fez até agora apenas oito jogos pelo Tricolor.
Os salários de Jonathan Calleri e Gabriel Neves são mais responsabilidades com as quais o São Paulo terá de arcar no ano que vem. Embora já esteja treinando com o elenco e próximo de reestrear pelo clube – deve acontecer neste domingo, contra o Atlético-GO -, o atacante argentino terá vencimentos simbólicos, passando a receber “de verdade” a partir de 2022, assim como o volante uruguaio, que já estreou na última rodada do Brasileirão, contra o Fluminense, no Maracanã.
O São Paulo também começará a pagar pela compra de Emiliano Rigoni em janeiro do ano que vem. O atacante deixou o Elche, da Espanha, clube que pertenceu ao seu empresário, Christian Bragarnik, e vem se confirmando como um bom investimento do Tricolor.
Há outros possíveis encargos financeiros, mas apenas se o São Paulo queira adquirir em definitivo dois atletas do elenco: Martín Benítez e Galeano. O primeiro custaria aos cofres tricolores 3 milhões de dólares (R$ 15 milhões). O segundo, 1 milhão de dólares (R$ 5,2 milhões).
Para arcar com todos esses compromissos, o São Paulo tem como plano se classificar para a próxima edição da Copa Libertadores. O problema é que atualmente, com o primeiro turno já tendo chegado ao fim, o time figura na 16ª colocação, sendo o primeiro fora da zona de rebaixamento e tendo de tirar uma diferença de sete pontos para o sexto colocado, que é o Corinthians.
O retorno do público aos estádios também fará com que o clube volte a faturar com bilheteria, uma das receitas mais sentidas durante a pandemia. O São Paulo acredita que a demanda reprimida, ou seja, a presença de torcedores nas arquibancadas após quase dois anos sem poder assistir o time do coração in loco, será alta, projetando jogos de casa cheia a longo prazo, já que inicialmente haverá um limite de capacidade.
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