Arnaldo: Único representante do São Paulo sem ressalvas no ano é o torcedor

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Do UOL, em São Paulo

São Paulo chega aos dois jogos finais de sua campanha no Campeonato Brasileiro precisando de pelo menos dois pontos para não correr o risco de ser rebaixado pela primeira vez em sua história em uma temporada que teve o título paulista, mas decepções para o torcedor que manteve o apoio ao time mesmo com momentos difíceis.

No podcast Posse de Bola #184, Arnaldo Ribeiro afirma que na temporada atual o torcedor do São Paulo é o único representante do clube que não tem ressalvas, diferentemente de elenco, diretoria e os treinadores Hernán Crespo e Rogério Ceni.

“Ficou essa coisa lotérica e uma grande interrogação para o ano que vem, ficando ou não na primeira divisão. Mesmo se ficar, com o técnico que seria o técnico indicado para comandar o time em uma temporada inteira, no caso o Rogério, fica uma grande interrogação por conta desse trabalho na parte final, um trabalho assustador na minha visão pelas questões de campo e pelas questões de declarações”, diz Arnaldo.

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“Tem um segmento do São Paulo que passa 2021 sem nenhuma ressalva, apenas um segmento: não é o presidente, não é a direção de futebol, não são os dois treinadores que passaram, o Crespo e o Rogério, e muito menos os jogadores. O único representante do São Paulo que teve 2021 sem ressalvas foi o torcedor do São Paulo. Quando o técnico, dirigente, jogador manda recado para o torcedor do São Paulo, ‘o torcedor do São Paulo tem que saber da realidade, é outra situação, a situação é delicada’, o torcedor do São Paulo está cansado de saber disso, já entendeu isso e vai ao estádio esperando que o time fique na primeira divisão, é o mínimo”, completa.

Arnaldo também faz um paralelo dos erros na gestão do futebol do São Paulo com a do Grêmio e cita a ironia do fato de bastarem ao São Paulo dois empates, resultado que muito se repetia sob o comando de Crespo, enquanto Rogério Ceni conseguiu vitórias, mas também derrotas acachapantes e dificuldade de valorizar o empate em algumas circunstâncias.

“A coincidência entre Grêmio e São Paulo nesse ano é um péssimo desempenho técnico no campeonato, uma má gestão do futebol, é má gestão do futebol, é largar mal em um campeonato crucial, é trocar o pé pelas mãos na hora de definir um treinador ou de trocar o treinador, no caso do São Paulo eu acho que a troca Crespo por Rogério foi precipitada, para dizer o mínimo. O São Paulo continuou na mesma situação e vai para esse drama na parte final”, diz Arnaldo.

“É curioso que o São Paulo chegue agora na parte final dependendo de dois empates para se manter, o São Paulo do Crespo era o time dos empates, fosse aquele time, você falaria que era mais estável, ruim em campo, mas mais previsível, os empates não seriam uma questão, com o Rogério é uma incógnita”, conclui.

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