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Brunno Carvalho
O São Paulo tem como uma das prioridades no mercado da bola resolver uma carência que se estende desde os tempos de Fernando Diniz: a ausência de um zagueiro canhoto com boa saída para o jogo. No atual elenco são-paulino, o único capaz de fazer a função é Léo, um lateral de origem que foi improvisado por Diniz. A experiência deu muito certo. De lateral contestado, Léo se firmou entre os titulares da zaga com Diniz e Hernán Crespo. No empate sem gols contra o Corinthians no último Brasileirão, por exemplo, ele foi destaque ao anular Gustavo Mosquito, então melhor jogador da equipe alvinegra.
Desde que Ceni chegou, contudo, Léo foi perdendo espaço. O treinador preferiu na maioria das vezes uma formação com uma linha de quatro defensores. Assim, o lateral-zagueiro ficou na reserva de Arboleda e Miranda, titulares absolutos do time. A procura por um zagueiro canhoto era um desejo também de Hernán Crespo, que começou a temporada no comando da equipe. Não é coincidência que o clube quase tenha fechado com Kanu, do Botafogo, no começo do ano e agora tenha tentado mais uma vez a contratação.
Mais recentemente, o alvo se tornou Victor Cuesta, do Internacional. Além de ser canhoto e ter boa saída para o jogo, o zagueiro de 33 anos ainda pode ser o líder em campo que Ceni mais de uma vez reclamou faltar no São Paulo. O treinador entende que o grupo atual é muito calado. O argentino é uma das lideranças do vestiário gaúcho. Com exceção de Léo, todas as outras opções de zagueiros para Rogério Ceni atualmente preferem jogar com a direita. Apesar disso, Miranda está acostumado a jogar no lado invertido. Ele faz isso desde os tempos de Atlético de Madri, quando foi deslocado em acordo com o técnico Diego Simeone.
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