Impasse entre Crespo e São Paulo se mantém e treinador decide ir à Fifa

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UOL

Brunno Carvalho

A relação do técnico Hernán Crespo com o São Paulo sofreu um grande abalo desde que as partes começaram a discutir os valores que o argentino teria que receber depois da demissão em outubro. O treinador e sua comissão técnica cobram os valores referentes à conquista do Paulistão e à rescisão do contrato, mas ainda não chegaram a um acordo com o time do Morumbi sobre a quantia exata a receber.

Duas pessoas envolvidas no estafe de Hernán Crespo ouvidas pela reportagem acusam o São Paulo de não cumprir o que foi combinado. O clube teria que ter pagado a multa rescisória integralmente, mas a equipe do argentino concordou com o parcelamento do valor. Eles esperam que o time do Morumbi envie o acordo assinado com os valores que o estafe de Crespo entende ser o correto a receber e comecem a pagar o que é devido.

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As partes mantêm contato há meses. Na última semana, o departamento de futebol são-paulino ouviu dos representantes de Crespo que o treinador iria à Fifa cobrar o que entende ter direito caso o acordo não avançasse. Um dia depois, o São Paulo afirmou ter pagado a primeira parcela do valor da multa rescisória. A ideia do clube é pagar parceladamente o valor que entende ser correto pela rescisão até que as partes cheguem a um acordo. Caso a nova quantia acordada seja superior ao que estaria sendo pago, a diferença seria adicionada nas parcelas restantes.

O estafe de Crespo, contudo, está determinado a levar o caso para a Fifa. As pessoas ouvidas pela reportagem acreditam não haver mais como chegar a um acordo com o São Paulo. As duas partes deveriam ter se reunido nesta semana, mas o encontro não aconteceu. Ainda há a possibilidade de um novo encontro no início do ano que vem. Crespo deixou o São Paulo em outubro depois de uma sequência de cinco empates consecutivos. Campeão paulista no primeiro semestre, ele teve uma queda de desempenho no decorrer do ano que culminou nas eliminações na Copa do Brasil e no Brasileirão.

Ele deixou o São Paulo com um aproveitamento de 57,23%. Foram 53 partidas no comando do Tricolor, com 24 vitórias, 19 empates e 10 derrotas.

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