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Diego Garcia
A Justiça de São Paulo rejeitou um recurso do São Paulo contra sentença que condenou o clube a pagar aproximadamente R$ 25 milhões ao empresário André Cury por dívida por empréstimo feito em 2019. A decisão foi publicada nesta quarta-feira (9).
O time tricolor havia tentado recurso de apelação dizendo que a pretensão do agente apresenta ilegalidades e abusos de cláusulas que impedem a certeza e liquidez das obrigações assumidas com o clube. Também tentou anular os juros e atualização monetária previstos, sem sucesso. O São Paulo pode ainda tentar recorrer ao STJ (Superior Tribunal de Justiça). Mas não deverá impedir a execução da dívida, que pode penhorar bens ou bloquear as contas do clube.
Em setembro do ano passado, o clube havia sido condenado em primeira instância, e tentou apelar por meio do recurso rejeitado nesta quarta. A dívida é por um empréstimo na compra do atacante Raniel junto ao Cruzeiro. O valor emprestado serviu para que o Tricolor comprasse o atacante Raniel, junto ao Cruzeiro. Os recursos para o pagamento ao clube mineiro saíram da conta de Cury. No dia 8 de julho, Cury depositou R$ 13,7 milhões na conta do São Paulo.
O acordo inicial previa que o time do Morumbi pagaria a quantia em 12 parcelas, a partir de janeiro de 2020. No início de 2020, porém, houve um novo acerto entre Cury e o São Paulo. Ficou decidido ali que o empresário daria mais um ano de prazo para o clube começar a pagá-lo. Assim, a dívida foi empurrada para janeiro de 2021. Com juros e correções, os R$ 13,7 milhões saltaram para quase R$ 20 milhões em menos de dois anos. Além do pagamento deste valor, que deve ser quitado pelo São Paulo em 15 dias, a Justiça determinou, no dia 1° de junho, que o clube arque com o pagamento de honorários advocatícios correspondentes a 5% do valor da causa.
O problema com Raniel não é o único do São Paulo com Cury. O clube já havia sido condenado a pagar uma dívida com o agente referente a comissões envolvendo negociações de Lucas Pratto e Paulo Henrique Ganso. Incluindo correção e honorários, o valor do débito supera R$ 12 milhões. No total, portanto, o São Paulo deve mais de R$ 30 milhões ao empresário, que é representado na Justiça pelas advogadas Adriana Cury e Fernanda Saade. Procurado, o clube disse que não comentaria o processo.
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