Éder aproveita chances no São Paulo após ser colocado entre os negociáveis

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UOL

Brunno Carvalho

A diretoria do São Paulo terminou a última temporada decidida a reformular o elenco que brigou contra o rebaixamento no Brasileirão. A ideia era enxugar a folha salarial para conseguir trazer reforços. Para isso, definiu alguns jogadores que não fariam parte dos planos para 2022. Dentre eles, o atacante Éder. O veterano atacante não acumulava minutos com Rogério Ceni e aparecia atrás até do jovem Juan na disputa pela vaga de centroavante. Antes mesmo de o elenco se reapresentar, Éder ouviu da diretoria que não estava mais nos planos. Respondeu que não tinha desejo de deixar o clube e ia trabalhar para recuperar seu espaço.

Pouco antes da conversa com a diretoria, em entrevista ao UOL Esporte, Éder já havia dito que seu desejo era permanecer no São Paulo. Ele lamentou o pouco tempo que teve em campo em 2021 e negou que tivesse tido muitos problemas físicos. A falta de espaço era decisão de Hernán Crespo e de Rogério Ceni, os dois técnicos do time do Morumbi na última temporada.

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A grave crise financeira deixou a situação mais complicada para o São Paulo. O clube tinha uma dívida com o atacante e precisaria chegar a um acordo com o atleta de 35 anos para possível rescisão, assim como fez com Pablo e Vitor Bueno, ambos atualmente no Athletico. Enquanto o futuro não era decidido, Éder foi ficando. Reapresentou-se com o elenco e começou a ganhar chances com Rogério Ceni. O atacante somou 58 minutos em campo nas primeiras partidas. Ainda era pouco, mas a assistência dada para o gol de Marquinhos na sofrida vitória no Morumbi sobre o Santo André nos últimos minutos já mostrava uma mudança de cenário.

No CT da Barra Funda, Éder conversou mais de uma vez com Rogério Ceni sobre sua situação. Pessoas próximas do atacante dizem que ele havia se impressionado com o nível e a intensidade dos treinos do técnico desde a temporada passada, os comparando com o que tinha na época em que atuava na Europa. O comportamento do atacante foi citado por Rogério Ceni na coletiva depois da vitória sobre a Ponte Preta. O treinador ressaltou que Éder não reclamou “em nenhum momento” na época em que não recebia oportunidades.

Contra a Ponte Preta, em Campinas, o jogador teve a grande chance. Começou a partida como titular, algo que não acontecia desde o início de outubro do ano passado. Além disso, recebeu de Rogério Ceni a braçadeira de capitão. O experiente atleta ficou 83 minutos em campo, mas foi o suficiente para receber a mesma oportunidade duas partidas depois. Escalado como titular contra o Santos, Éder balançou as redes logo aos 22 minutos do primeiro tempo. O gol encerrou o jejum que já durava 23 partidas, ou oito meses.

O veterano agora vive a expectativa da partida contra o Campinense, fora de casa, pela primeira fase da Copa do Brasil, às 21h30 (de Brasília) de amanhã (24). Rogério Ceni tem promovido um rodízio de jogadores neste início da temporada, o que pode indicar que Jonathan Calleri deve começar o duelo entre os titulares, já que foi poupado contra o Santos.

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