GloboEsporte
José Edgar de Matos
Lateral-direito do Tricolor adota discurso ponderado ao abordar fase final do estadual.
O São Paulo abre as quartas de final do Campeonato Paulista nesta terça-feira, às 21h30 (de Brasília), contra o São Bernardo, no Morumbi. Na véspera da partida, o lateral Rafinha evitou direcionar aos rivais ou incorporar ao Tricolor o papel de favorito ao título. O discurso é de “pezinho no chão”.
– O Palmeiras é um time que joga há algum tempo junto, todos sabem do entrosamento que eles têm. Mas nessa fase não convém apontar um favorito. Nosso foco é o São Bernardo, que é uma decisão para a gente – afirmou o camisa 13 do São Paulo.
– Temos que encarar com toda a seriedade do mundo, mas jogamos em casa. Temos que entrar com tudo. Agora é mata-mata, não tem esse favoritismo. A gente sabe dos times maiores, que jogam há mais tempo. Mas nosso pensamento é o São Bernardo, contra eles temos que impor nosso ritmo – acrescentou.
Rafinha dá entrevista coletiva no São Paulo — Foto: Divulgação/São Paulo
Na visão de Rafinha, o time se encontra preparado para a etapa final da competição. O São Paulo terminou a fase de grupos com a terceira melhor campanha, com 23 pontos.
– O coletivo deixa o nosso time forte. Todo mundo sabe o peso que tem a camisa do São Paulo, nas decisões o São Paulo cresce. É um ponto positivo quando outros treinadores elogiam a nossa equipe. Perdemos para o Palmeiras, mas fizemos um grande jogo – analisou.
– Estamos nessa crescente. É importante fazermos nosso trabalho. Temos que ficar com o pezinho no chão, trabalhar no coletivo, e tenho certeza de que vamos melhorar muito nessa reta final do campeonato – acrescentou.
Escalação, treino e pênaltis: a preparação do São Paulo para as quartas do Paulistão
Rafinha aproveitou também para valorizar o próprio nível da competição, conquistada pelo clube no ano passado.
– Sei da responsabilidade de disputar principalmente o Paulista, o principal (estadual) do Brasil. É muito difícil defendendo o São Paulo, o atual campeão. Nos classificamos bem, a responsabilidade é grande – disse.
– Tenho noção do tamanho desse campeonato, e estamos preparados. É um título que vai contar muito para mim, que não tenho – destacou o camisa 13 do Tricolor.
Para avançar à semifinal, o São Paulo precisa da vitória sobre o São Bernardo. Empate leva a decisão para os pênaltis.
Confira mais declarações de Rafinha:
Evolução do time
– Nós não arrancamos muito bem, tivemos problemas devido à Covid, muitos jogadores fora. O trabalho do Rogério é bem feito, se tem um ponto a destacar é nosso coletivo. Nosso grupo está melhorando a cada jogo, o mais importante é o coletivo.
– Todos estão tendo oportunidade de jogar. Não cai o nível, todos dão conta do recado. Deixa o coletivo bom, se mudar duas ou quatro peças no jogo, não vai fazer diferença no jogo.
Falta constância ao time?
– Faz parte também de vários quesitos da nossa equipe que está criando corpo. O coletivo deixa o time forte, todo mundo sabe o peso que tem a camisa do São Paulo. O São Paulo tem tradição em decisões.
Elogios do Abel Ferreira
– É um ponto positivo que outros treinadores elogiem nossa equipe, perdemos (para o Palmeiras), mas fizemos um grande jogo contra o Abel. Estamos nessa crescente, é importante fazer nosso trabalho. Temos que ficar com o pé no chão, vamos melhorar muito ainda.
Sucesso neste início
– Sempre fui um jogador muito comunicativo. Gosto de deixar o ambiente mais tranquilo, essa mescla entre jovens e experientes, isso fortalece o grupo. Claro, minha obrigação é dentro do campo, de desempenhar o meu melhor, mas quando não jogo, tenho que estar preparado para ajudar quem está entrando.
– Tem que passar energia boa, num grupo de 30 pessoas é normal um estar mais chateado, outro não joga. Sempre gosto de conversar, motivar. A gente joga num grande clube, todos têm que estar felizes. Essa ligação é importante, a gente está aqui para ajudar. Por ser mais experiente, procuro dar contribuição fora do gramado.
Relação com Moreira, Nathan e Igor Vinicius
– Eu gosto de estar sempre dando uns toques, é importante. Tenho mais de 15 anos de carreira, eles estão começando agora. O São Paulo está servido de bons laterais. Por ter passado muito tempo fora do Brasil, a gente conhece os atalhos.
– Com os meninos do meu lado, procuro dar informação, eles têm potencial muito grande. Estou aqui não só para jogar, mas para encorajá-los quando eles têm alguma dificuldade.
Qualidades do São Bernardo
– Eu prefiro falar da gente, a gente sabe da qualidade do São Bernardo, mas pensamos em nosso trabalho, o que fizemos até agora. Jogamos em casa, temos uma equipe melhor a cada jogo, estamos preparados e tenho certeza de que o Rogério vai nos preparar muito bem para essa classificação.
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