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Leonardo Lourenço
Fundamental em 2021, camisa 8 enfrentou o Ayacucho, mas deve seguir com poucas chances.
Titular na vitória por 3 a 2 sobre o Ayacucho, jogo no qual atuou por 60 minutos, na noite desta quinta-feira, o volante Luan era peça fundamental do esquema do técnico Hernán Crespo, no São Paulo. Ele tornava o sistema defensivo mais forte quando estava em campo. Ultimamente, porém, vem recebendo poucas chances de Rogério Ceni.
Dos 40 jogos que fez na temporada de 2021, foi titular em 31 deles – e fez um dos gols que deu o título paulista ao clube, após anos na fila, em final contra o Palmeiras.
A demissão de Crespo na reta final do Brasileiro não tem relação com sua saída da equipe, mas serve de marco temporal. O duelo contra o Cuiabá, em outubro do ano passado, foi o último de ambos pelo São Paulo naquele Brasileiro.
Luan se machucou num treino na véspera do jogo contra o Ceará, o que seria o de estreia de Rogério Ceni, e não conseguiu mais recuperar a vaga de titular tricolor.
Luciano e Luan comemoram vitória do São Paulo sobre o Ayacucho — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net
O diagnóstico de uma lesão citada como incomum no futebol, uma avulsão tendínea – um descolamento do músculo do osso, que pode provocar uma pequena fratura, afastou o atleta por cinco meses dos gramados.
Foram praticamente dois meses em tratamento. Luan chegou a ser relacionado para a última rodada, contra o América-MG, mas não jogou.
De volta das férias, em janeiro, esperava-se que ele retornasse ao time. Mas dores musculares, segundo o clube, o afastaram dos treinos mais uma vez. Ele só foi relacionado pela primeira vez em março, contra o Palmeiras, e entrou em campo por pouco mais de sete minutos, no fim do jogo contra o Manaus.
Luan teve dificuldades na recuperação mais recente em voltar à forma física, mas sua permanência entre os reservas tem outro motivo.
Melhores momentos: Ayacucho 2 x 3 São Paulo, pela Copa Sul-Americana
Nesse período, viu do banco a ascensão de Pablo Maia, jogador formado na base do clube, assim como Luan, que ganhou chances no começo do Campeonato Paulista em função parecida à do antigo titular.
Pablo Maia agradou, não saiu mais do time, e foi considerada a revelação do estadual. Com o Paulista em fase decisiva, Ceni deixou de fazer experiências na equipe, o que diminuiu as chances para os que estavam à espera.
Apesar disso, Rogério Ceni tem dado declarações recorrentes de que conta com o camisa 8. A diretoria também vê Luan como de seus principais ativos – há urgência no clube em vender jogadores formados em Cotia para estancar a crise financeira no Morumbi.
Luan, do São Paulo, em viagem para jogo contra o Mirassol — Foto: Divulgação/São Paulo
O Porto chegou a sondar a situação do volante no meio da temporada passada, de olho numa negociação em janeiro, mas o negócio não andou.
Em março do ano passado, o São Paulo deu aumento e estendeu o contrato de Luan, que antes terminava em 31 de dezembro deste ano, até o fim de 2023.
Há a expectativa de que ele possa ganhar mais oportunidades a partir de agora, com o Brasileiro – um torneio longo, de 38 rodadas – e na fase de grupos da Sul-Americana.
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