GloboEsporte
José Edgar de Matos
Zagueiro faz quatro gols em 19 partidas e reassume protagonismo no Tricolor.
Arboleda está em alta. Titular em cinco dos últimos seis jogos do São Paulo na temporada, o defensor vive fase inédita na carreira. O equatoriano nunca foi tão artilheiro e decisivo ofensivamente quanto em 2022.
Em apenas 19 jogos, Arboleda anotou quatro gols pelo São Paulo e é o terceiro goleador da equipe na temporada, apenas atrás de Calleri (14) e Luciano (5). A marca artilheira do defensor se assemelha à de 2021, quando o zagueiro entrou em campo 39 vezes pelo time.
Arboleda é simplesmente um dos artilheiros do São Paulo em 2022 — Foto: Marcos Ribolli
A eficiência no campo de ataque deve tornar o ano de 2022 como o período mais artilheiro de Arboleda pelo São Paulo. Os anos de 2020 e 2017, por exemplo, representavam as temporadas mais goleadoras do zagueiro, com três gols cada.
No total, nos 207 jogos com a camisa tricolor, o equatoriano soma 17 gols, dois a mais do que Fabão, anteriormente o zagueiro são-paulino mais artilheiro neste século. O levantamento foi realizado pelo “Anotações Tricolores”, do historiador Alexandre Giesbrecht.
O papel de goleador se mostrou decisivo na Copa do Brasil. Arboleda anotou o primeiro gol do São Paulo em Caxias do Sul, em jogo que terminou com empate por 2 a 2 com o Juventude. Na volta, outra bola na rede dos gaúchos que abriu caminho para o 2 a 0 e a classificação às oitavas.
– Quando o jogador é artilheiro, é f… (risos). Fico feliz pelo que está acontecendo com minha vida – brincou, depois da vitória sobre o Juventude em Barueri.
– É a primeira vez que acontece isso (ter um papel tão decisivo em uma classificação). Eu trabalho para o São Paulo, toda a glória é para ele. Sou mais um trabalhador que se esforça dia a dia. Estou feliz pelos gols – acrescentou o equatoriano.
Arboleda fala sobre o gol pelo São Paulo: “Sempre quis ser artilheiro”
Ídolo? Ainda não
Com uma trajetória de mais de 200 jogos e título do Paulistão no currículo, Arboleda ainda não se enxerga como um grande nome da história do São Paulo.
– Não me considero ídolo, mas uma pessoa que desde o primeiro minuto sempre tentou fazer as coisas da melhor maneira, dar a vida em campo. É o que vem acontecendo – destacou.
– Tive vários erros, o que é normal para um atleta, mas isso nunca atrapalhou meu jeito, meu desejo de seguir no São Paulo, de dar o melhor de mim. Aprendemos nos pequenos erros, é seguir trabalhando da melhor maneira, ganhando minutos e espaço – acrescentou.
Contra o Cuiabá, o zagueiro-artilheiro não balançou as redes — Foto: Marcos Ribolli
Ganhar minutos vem de encontro com a evolução de Arboleda nos últimos jogos. Em meio a um revezamento de Rogério Ceni, o zagueiro perdeu um pouco de espaço na reta final do Paulistão, mas foi defendido pelo técnico em entrevistas recentes.
Nem o próprio Arboleda, respaldado pelo treinador, se considerou um reserva no período em que atuou nas formações alternativas do São Paulo, mais utilizadas na Sul-Americana.
– Como o professor falou, eu não era reserva, ele faz mudanças no time, é normal. Eu nunca me senti reserva, sempre dei meu melhor. Estão acontecendo coisas boas. Espero seguir tendo a confiança do treinador e dos companheiros, trabalhando com muita humildade – encerrou.
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