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Juca Kfouri
Hoje à noite no Morumbi com expectativa de 60 mil torcedores, o São Paulo faz seu primeiro jogo do ano.
O adversário é respeitável, o atual campeão da Libertadores, o tradicionalíssimo River Plate argentino.
Uma vitória brasileira permitirá ao Tricolor jogar pelo empate no último jogo da fase de grupos da Libertadores, na desumana altitude de La Paz, contra o Strongest.
Lembremos que o River Plate empatou lá e só tomou o gol de empate, o do 1 a 1, no fim do jogo.
Mas mesmo que o São Paulo perca hoje, resultado absolutamente normal, uma vitória a 3.600 metros do nível do mar, dará a vaga ao time são-paulino.
Corajoso, o técnico Edgardo Bauza deixará Diego Lugano no banco e formará a dupla de zaga com Maicon e Rodrigo Caio.
Bauza correrá o risco de uma falha do jovem Rodrigo Caio desabar sobre sua cabeça, mas a opção é correta, porque Lugano, apesar de ter um passado de tigre feroz, hoje parece mais com um tigre de bengala, com todo o respeito que merece.
Com a derrota do Strongest ontem por 2 a 1 para o Trujillanos, na Venezuela, o São Paulo, que já dependia só de si, teve sua vida se não facilitada, ao menos, menos difícil.
E se o jogo de hoje contra o River permanece sendo o seu jogo do ano, deixou de ser de vida ou de morte.
E o São Paulo tem Calleri, ex-Boca Juniors, que jogará pelo seu atual e seu antigo clube, maior rival do River.
Em Buenos Aires, lembremos, São Paulo e River Plate empataram, 1 a 1, o que, se acontecer de novo, também exigirá que o Tricolor vença em La Paz.
Comentário para o Jornal da CBN desta quarta-feira, 13 de abril de 2016.