São Paulo mostra garra à torcida, vence o River e se aproxima de vaga

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Fonte: http://www.foxsports.com.br

Com mais de 51 mil torcedores no Morumbi, Tricolor venceu os argentinos por 2 a 1, com dois gols de Jonathan Calleri, e agora só depende de si para se classificar para as oitavas da Libertadores

Torcida no Moruntri
Imagem Por Gazeta Press

O São Paulo encarnou o espírito guerreiro que a disputa da Copa Bridgestone Libertadores exige. Diante de 51 mil torcedores, o maior público do ano, a equipe comandada por Edgardo Bauza dominou o River Plate e venceu por 2 a 1 no estádio do Morumbi. O argentino Jonathan Calleri, querido pela torcida do Boca Juniors – histórico rival dos millonarios -, anotou os dois gols que levaram o time à vitória. O resultado igualou em oito a pontuação de São Paulo e River, mas os argentinos lideram o Grupo 1 por terem saldo de gols maior. O Tricolor, agora, só depende de si para garantir a classificação à próxima fase.

O primeiro gol do São Paulo saiu aos 28 minutos da etapa inicial, após Calleri finalizar com força de dentro da área. Aos 14 do segundo tempo, Calleri ganhou no alto dos defensores e cabeceou sem chances de defesa para o goleiro Barovero. O atacante argentino, ovacionado desde o início do jogo, chegou ao sétimo gol na Libertadores e assumiu a artilharia isolada do torneio. Já os millonarios descontaram com Alonso, de cabeça, aos 38 da etapa complementar.

 

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Beneficiado pela derrota por 2 a 1 do Strongest para o Trujillanos, na terça-feira (12 de abril), o São Paulo chega à última rodada precisando de apenas um empate para avançar às oitavas de final. A decisão será justamente contra a equipe boliviana, na próxima quinta-feira, na altitude de La Paz. Já o River Plate encerra a participação na fase de grupos da Libertadores diante do Trujillanos, também na quinta, em Buenos Aires.

O Jogo – O São Paulo mandou no jogo durante todo o primeiro tempo. Empurrado pelos torcedores que lotaram o Morumbi e não deixaram de cantar por um minuto, o Tricolor se impôs no campo defensivo e aproveitou os espaços no ataque parar criar as oportunidades de gol. Logo após o apito inicial, Michel Bastos foi acionado por Mena na lateral esquerda e invadiu a área, mas a conclusão saiu nas mãos do goleiro Barovero.

As finalizações foram a única deficiência da equipe na etapa inicial. Como a equipe não conseguia assustar com a bola no chão, Ganso tratou de cobrar um escanteio na cabeça de João Schmidt, aos 18 minutos. O volante se antecipou à marcação e testou para defesa de soco de Barovero. Já o River Plate, que não se encontrava no jogo, só teve chances em algumas faltas infantis cometidas pelos tricolores na lateral direita. Nenhuma trouxe perigo ao goleiro Denis.

A superioridade são-paulina, refletida no domínio absoluto da posse de bola, foi convertida em gol aos 28 minutos. Bruno recebeu a bola na lateral direita e fez o cruzamento no peito do argentino Calleri. O centroavante não dominou bem, mas contou com um desvio nas costas de Ganso para ficar na cara de Barovero e chutar com força para as redes.

“Toca no Calleri que é gol”, gritou a torcida, em êxtase com a vantagem no placar. O argentino retribuiu o carinho ao comemorar próximo à arquibancada, mas fez questão de se virar para as câmeras e apontar para o “12” estampado nas costas da camisa. A numeração foi escolhida pelo jogador para homenagear os torcedores do Boca Juniors, rival histórico do River Plate e clube pelo qual ele teve grande atuação antes de se transferir para o São Paulo.

O ritmo que o São Paulo imprimiu nos primeiros 45 minutos não foi o mesmo no início da etapa complementar. O time argentino conseguiu acuar o Tricolor na defesa e pressionou Denis com ao menos duas finalizações perigosas. Domingo, logo no primeiro minuto, chutou de fora da área e obrigou o goleiro a cair para fazer a defesa. Aos sete minutos, D’Alessandro bateu uma falta da esquerda e Alario cabeceou muito próximo à trave direita.

A pressão não tardou a cessar. Aos 14 minutos, Michel Bastos cobrou falta da esquerda e Calleri usou a cabeça para testar no alto, fora do alcance de Barovero. A atuação de gala do atacante argentino levou a torcida ao delírio. E o passado de Calleri no Boca Juniors fez os jogadores do River Plate perderam a cabeça.

Uma confusão no meio-campo, aos 17 minutos, resultou em um tapa de Vangioni no rosto do são-paulino. O árbitro puxou o cartão vermelho e expulsou o lateral esquerdo. Já os torcedores aproveitaram para gritar o nome do ídolo Luis Fabiano, em alusão à histórica briga na qual o atacante distribuiu voadoras em jogadores do River, em 2003.

A fim de preservar D’Alessandro, que arrumava confusão com todos os são-paulinos no meio-campo, o técnico Marcelo Gallardo sacou o camisa 10 para a entrada do veterano Lucho González. Bauza fez o mesmo e substituiu Calleri por Alan Kardec. A saída do artilheiro não mudou a forma do Tricolor jogar, tanto que Michel Bastos recebeu na esquerda, aos 28, e mandou uma bomba para fora. O River respondeu aos 30, em falta que Mora cobrou no ângulo direito e Denis praticou a defesa.

Denis, no entanto, voltou a cometer uma falha que poderia ter complicado a vida do São Paulo. Aos 34, Lucho González cobrou falta da esquerda, Mercado ajeitou de cabeça e Alonso testou para as redes. Toda a jogada foi beneficiada pela saída errada do goleiro na hora de cortar o lançamento. João Schmidt, aos 41, ainda levou o segundo cartão amarelo e foi expulso de campo. Apesar das adversidades, Alan Kardec teve a chance de matar o jogo aos 46 minutos, mas conseguiu bater para fora na frente de Barovero.

FICHA TÉCNICA – SÃO PAULO 2 X 1 RIVER PLATE

Local: Estádio do Morumbi, em São Paulo (SP)
Data: 13 de abril de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Andrés Cunha (URU)
Auxiliares: Carlos Pastorino e Nicolas Taran (ambos do URU)
Público: 51.342 presentes
Renda: 2.550.465,00
Cartões amarelos: Calleri, João Schmidt (São Paulo); Mercado, Domingo (River Plate)
Cartões vermelhos: João Schmidt (São Paulo); Vangioni (River Plate)

GOLS:
SÃO PAULO: Calleri, aos 28 minutos do primeiro tempo e aos 15 minutos do segundo tempo
RIVER PLATE: Alonso, aos 38 minutos do segundo tempo

SÃO PAULO: Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, João Schmidt, Kelvin (Thiago Mendes), Ganso e Michel Bastos (Centurión); Calleri (Alan Kardec)
Técnico: Edgardo Bauza

RIVER PLATE: Barovero; Casco, Mercado, Balanta e Vangioni; Mayada, Domingo, Nacho Fernández (Bertolo) e D’Alessandro (Lucho González); Rodrigo Mora e Alario (Alonso)
Técnico: Marcelo Gallardo