“Peço a Deus para não pegar Boca”, diz Calleri sobre rival das oitavas

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Fonte: foxsports.com.br

Centroavante do Tricolor afirmou que não sabe como reagiria em possível encontro com ex-time: “Não gostaria, seria incômodo”

Após brilhar contra o River, Calleri afirmou que não gostaria de enfrentar o Boca (Rubens Chiri/saopaulofc.net)
Após brilhar contra o River, Calleri afirmou que não gostaria de enfrentar o Boca (Rubens Chiri/saopaulofc.net)

Caso a fase de grupos da competição continental terminasse hoje, São Paulo e Boca Juniors duelariam no mata-mata. O Tricolor é o terceiro melhor segundo colocado, enquanto o clube argentino é o sexto melhor primeiro colocado. “Peço a Deus para não cruzar com o Boca na Libertadores, porque não sei como o enfrentaria. Seria muito difícil enfrentar o Boca. Não gostaria, seria incômodo”, disse Calleri, em entrevista à rádio argentina La Red.

Há mais uma rodada para determinar o futuro de São Paulo e Boca na Libertadores. O Tricolor pegará o Strongest na próxima quinta-feira, na altitude de La Paz, dependendo só de um empate para se classificar. Já o clube argentino assegurou a vaga ao derrotar o Racing por 1 a 0, na quarta. A equipe brigará para se manter na liderança do Grupo 3 na próxima quarta-feira, contra o Deportivo Cali, em La Bombonera.

Histórico – Calleri teve uma passagem de destaque pelo Boca Juniors antes de se transferir para o São Paulo. Ele fez dupla de ataque com Carlitos Tevez na conquista do Campeonato Argentino e da Copa da Argentina de 2015. Por ter o time xeneize em tamanha consideração, o atacante pediu para usar a camisa 12 no Tricolor. A numeração homenageia a principal organizada do Boca, chamada de La Doce.

O atacante, inclusive, fez uma leve provocação ao River quando anotou o primeiro gol do São Paulo. Ao comemorar o tento, o jogador virou de costas para as câmeras e apontou para o número que carregava atrás da camisa. Além dos gols, Calleri foi o pivô na confusão que levou à expulsão do lateral esquerdo Vangioni. O atleta do River agrediu o são-paulino com um tapa no rosto durante uma briga.

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Após o confronto, Calleri fugiu das provocações e adotou tom político ao falar do Boca. “Sei que a torcida do Boca deve estar contente, porque a equipe ganhou [do Racing], e não porque o Calleri fez gols”, afirmou. Para o técnico Edgardo Bauza, o atacante teve boa conduta e soube representar as cores do São Paulo sem pensar no seu ex-clube.

“Calleri é um atleta que jogou no Boca e é muito identificado com o time, mas em nenhum momento fez ou falou algo com os jogadores [do River]. Houve apenas situações normais de jogo”, avaliou o Patón. “Ele não manifesta isso em campo. Claro que se entrega muito, pois essa é a sua característica. Mas não manifestou em nenhum momento o seu passado pelo Boca”.