GloboEsporte
Leonardo Lourenço
Jogador de 18 anos, com contrato recém-renovado, impressiona profissionais de Cotia; onda de desfalques pode abrir espaço no time principal.
Há pouco mais de mês, o meia Rodriguinho, da base do São Paulo, assinou um novo contrato com o clube. Fazia cerca de um ano, apenas, que ele tinha firmado seu primeiro vínculo profissional. Ainda restavam dois anos do acordo anterior quando ele acertou o atual.
A Fifa permite contratos de apenas três anos a menores de idade, mas de cinco quando eles já têm 18 anos. Ao chegar à maioridade, a diretoria não esperou: ofereceu um acordo válido até 2027. Mas não foi só burocracia.
Rodriguinho, que desde a semana passada treina com o elenco profissional na Barra Funda, é visto com um dos jogadores mais promissores de Cotia.
Rodriguinho, do São Paulo, comemora gol sobre o Nacional no Paulista sub-20 — Foto: Nilton Fukuda/saopaulofc.net
Ele chegou ao São Paulo em 2015, com 11 anos, e desde então subiu degraus até o sub-20, para o qual foi promovido nesta temporada.
É visto com um meia clássico, com facilidade e precisão para passes longos – aqueles que deixam companheiros na cara do gol. Nas redes sociais, torcedores o comparam a Paulo Henrique Ganso em seus melhores momentos.
Assim como o meia ex-Santos e hoje no Fluminense, Rodriguinho já precisou operar o joelho.
Ele ficou parado por cerca de cinco meses no início de 2021 até voltar a defender o time sub-17. No segundo semestre, precisou fazer outra cirurgia no menisco. O clube optou por um tratamento mais longo, de fortalecimento. Desde então, tem atuado sem problemas.
– Foi um momento bastante complicado. Ficar afastado e impossibilitado de fazer aquilo que amo foi duro. Eu me apeguei demais nos meus familiares e amigos – contou Rodriguinho ao ge, no ano passado, após voltar da primeira cirurgia.
– Quero é poder chegar e me firmar na equipe principal do São Paulo. Acredito ser este o desejo de todo o atleta que joga aqui. A gente fica vendo os jogos dos profissionais, Libertadores, Brasileiro, Paulista… e ficamos imaginando o dia que seremos nós – completou ele, sobre o futuro.
O meia teve uma primeira chance no sub-20 na Copa São Paulo, quando foi levado pelo técnico Alex de Souza para ganhar experiência – entrou em dois jogos. Nessa temporada, pelo Paulista e pelo Brasileiro da categoria, tem seis jogos, dois deles como titular, e dois gols.
Com uma onda de desfalques no time profissional, o técnico Rogério Ceni tem tentado garimpar talentos na base. Rodriguinho chegou à Barra Funda na semana passada e foi a Goiânia com o elenco para o jogo de domingo contra o Atlético-GO, ainda que tenha ficado fora do banco.
– Gosto de jogadores assim, altos. Ele tem boa relação com a bola. Pedi duas semanas para poder trabalhar com o garoto e dar uma olhada melhor. Também é um patrimônio do clube. Na situação financeira em que o clube se encontra, nós temos que tentar achar talentos, jogadores jovens, para que futuramente nós possamos desfrutar esses jogadores – explicou Ceni após a partida.
É possível que o meia tenha nova chance nos próximos jogos em que a lista de ausências é enorme.
Rodriguinho no embarque do São Paulo para Goiânia — Foto: saopaulofc.net
Contra o Atlético-GO, dez jogadores ficaram fora por questões de saúde – nove lesionados e Rafinha, com sintomas de gripe.
Para o jogo contra a Universidad Católica, quinta, no Morumbi, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa Sul-Americana, a relação deve continuar do mesmo tamanho. E ainda com os desfalques de Calleri, Igor Vinícius e Rodrigo Nestor, todos expulsos no jogo de ida, no Chile.
Três dias depois, no domingo, o São Paulo enfrenta o Atlético-MG, em Minas, pelo Brasileiro. E, além dos lesionados, não terá Diego Costa, Léo, Gabriel Neves, Rodrigo Nestor e Luciano, todos suspensos.
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